Apesar da falta de interesse, 75% dos entrevistados que fizeram curso profissionalizante disseram ter tido uma experiência “boa” ou “ótima”
Pesquisa realizada pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) mostra que 43% dos jovens brasileiros têm pouco ou nenhum interesse em fazer um curso técnico, ou profissionalizante. Desse total, 23% responderam ter “pouco interesse”, enquanto 20% disseram ter “nenhum interesse”. Leia a íntegra da pesquisa (PDF – 1 MB).
Leia os resultados:
- total interesse: 32%;
- algum interesse: 24%;
- pouco interesse: 23%;
- nenhum interesse: 20%.
Entre os que não estudam, 25% disseram que têm “nenhum interesse” em fazer um curso técnico ou profissionalizante. O percentual cai para 16% entre os que estudam.
Jovens de 22 a 24 anos (30%) e com ensino superior (35%) são os que mais demonstraram “nenhum interesse” em cursos técnicos. Por outro lado, os adolescentes de 14 a 17 anos (35%), os que cursam até o ensino fundamental (34%) e da rede pública (32%) são os que demonstraram maior interesse em profissionalização.
Leia as principais áreas escolhidas pelos jovens que já fizeram um curso técnico:
- informática (20%);
- administração (12%);
- enfermagem (9%);
- estética (4%);
- agropecuária (3%).
Segundo o levantamento, 75% dos entrevistados que fizeram curso técnico disseram ter tido uma experiência “boa” ou “ótima”. A pesquisa também questionou qual o nível de conhecimento dos jovens sobre cursos técnicos e profissionalizantes. Leia:
- conheço muito bem: 8%;
- conheço bem: 17%;
- conheço mais ou menos: 32%;
- conheço pouco: 20%;
- conheço nada: 22%.
O desconhecimento é maior entre os mais novos (52% entre quem tem 14 a 17 anos), com menor escolaridade (62% quem tem até ensino fundamental), quem estuda em escola pública (46% versus 27% quem tem vínculo com escola privada) e tem menor renda (52% quem tem renda familiar até 1 salário-mínimo).
O Senai entrevistou presencialmente 2.007 jovens com idade de 14 a 24 anos em 27 Unidades da Federação. A margem de erro no total da amostra é de 2 p.p, com intervalo de confiança de 95%. As entrevistas foram realizadas entre 3 e 9 de maio de 2024.
