Moraes estipulou uma multa diária de R$ 50.000 para quem usar “subterfúgios tecnológicos”, como VPN, para acessar a plataforma
Ao menos 14 políticos publicaram no X (ex-Twitter) depois da suspensão da plataforma. A rede social foi retirada do ar no Brasil no sábado (31.ago.2024) às 0h, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
A suspensão aconteceu após o empresário Elon Musk, dono da plataforma, descumprir a ordem que determinava que a rede social identificasse um representante legal no Brasil em até 24 horas. Moraes também estipulou uma multa diária de R$ 50.000 para quem usar “subterfúgios tecnológicos”, como VPN, para acessar o X.
No entanto, brasileiros que estão no exterior seguem com acesso normal à plataforma. Foi desta maneira que este jornal digital leu as mensagens postadas pelo empresário e replica neste texto, por ser de interesse público e ter relevância jornalística.
Veja quem publicou no X depois da suspensão do X, segundo lista compilada pelo Poder360:
- Paulo Pimenta, ministro de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul:
O QUE DIZEM OS POLÍTICOS
O deputado Marcel Van Hattem e o vice-governador Professor Mateus declararam que publicaram a partir do VPN. O senador Sergio Moro e a deputada Julia Zanatta afirmaram que correspondentes fora do Brasil estão publicando perfis no X dos congressistas. Já a publicação do governador Serginho Mello, estava programada desde 6ª feira (30.ago). Os demais políticos não informaram como estão conseguindo acessar a plataforma.
- o que é VPN: software (programa de computador) com diversas versões gratuitas ou pagas. Permite a qualquer pessoa utilizar a internet sem que as operadoras saibam a origem do acesso. Esse recurso tecnológico é usado sobretudo em ditaduras em que os cidadãos são proibidos de ter acesso a sites ou aplicativos considerados impróprios pelos autocratas no comando.
O Poder360 entrou em contato com a assessoria dos políticos para questionar se as publicações no X foram feitas por uso de VPN, correspondente internacional, se já estavam programadas ou se a rede social ainda não havia sido suspensa para eles. O jornal digital não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.