Funcionários públicos lotam entrevista do Tesouro a jornalistas

Blusa usada pelos manifestantes

Protesto silencioso foi realizado durante a divulgação do resultado primário do governo central; categoria pede ajuste em critérios de contratação

Funcionários públicos do Tesouro Nacional e da CGU (Controladoria Geral da União) lotaram uma entrevista a jornalistas no Ministério da Fazenda nesta 5ª feira (5.set.2024). A categoria vem realizando uma série de greves com duração de 24h, com demanda por reajuste salarial e mudança nos critérios para entrada na área técnica.

Os funcionários usavam camisas padronizadas, pretas e com o seguinte dizer: “Valorização já”. Eles sentaram mais ao fundo do auditório.

Veja fotos dos funcionários: 

Autoridades do Tesouro Nacional realizaram a entrevista para comentar os dados do resultado primário do governo central. O secretário responsável pelo órgão, Rogério Ceron, estava presente. No início e no final de sua declaração, ele falou com os funcionários.

“Há uma mobilização, uma operação padrão em busca de deixar evidente a insatisfação com alguns pontos em relação a essas negociações, de forma legítima”, declarou Ceron.

Os funcionários públicos aplaudiram depois das falas do secretário sobre o assunto. Foi o único momento em que fizeram um barulho expressivo, pois a ideia era fazer um protesto silencioso. Os jornalistas presentes, como de praxe em qualquer cobertura, não bateram palmas.

O QUE OS FUNCIONÁRIOS QUEREM

O Unacon Sindical (Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle) afirma que a mobilização está “em nível máximo” desde 31 de julho de 2024, quando o grupo rejeitou proposta do Ministério da Gestão e Inovação.

Um reajuste no intervalo de 11% a 23% em duas parcelas está entre as medidas colocadas na mesa pelo governo. Segundo o sindicato, o que pesou para não haver acordo foi uma resistência do MGI em negociar uma mudança nos requisitos para a entrada de técnicos federais de finanças e controle.

Atualmente, é preciso ter nível médio. A categoria avalia que as atribuições são de alta complexidade. Por isso, pede que a exigência para novos integrantes seja ter nível superior.

Dentre os impactos causados pela greve, estão:

Na CGU:

  • atrasos em processos;
  • atraso em andamento de 7 acordos de leniência;
  • prejuízo à análise de alertas de fraudes e irregularidades em licitações e contratos públicos.

No Tesouro Nacional:

  • atraso na entrega de informações sobre o projeto do Orçamento de 2025;
  • prejuízo ao monitoramento das regras fiscais e a apuração do resultado primário do governo central;
  • atraso nos ajustes das programações financeiras dos órgãos, inclusive as relacionadas a emendas;
  • atraso em emissões e resgates de títulos;
  • cancelamentos de reuniões com entes da Federação e o Banco Central, além de atraso ao repassar informações para a autoridade monetária.

Fonte: Poder 360

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