Petróleo despenca após Opep reduzir projeção de aumento da demanda

Preço da principal commodity global chegou a US$ 69,64; é o menor valor desde agosto de 2011

O preço do barril de petróleo atingiu o menor patamar desde agosto de 2021 e chegou a ser cotado a U$ 69,64 nesta 3ª feira (10.set.2024). A desvalorização da commodity se deu na esteira do relatório mensal da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), que reduziu as projeções de aumento da demanda para os próximos meses.

No documento, o cartel projetou que a demanda deve aumentar em 2,03 milhões de barris por dia até o final deste ano e em 1,74 milhão de barris por dia em 2025. Os patamares são abaixo das previsões de 2,11 milhões e 1,78 milhão de barris por dia estimadas anteriormente. Leia a íntegra do relatório (PDF – 3 MB, em inglês).

Segundo o relatório, essa desaceleração do mercado é puxada pela desconfiança de que a economia chinesa manterá seus padrões de crescimento. O valor do petróleo começou uma rota de queda depois que tensões geopolíticas arrefeceram, como a retomada gradual das exportações do produto na Líbia, que havia suspendido suas vendas ao mercado externo por disputas internas políticas.

Antes mesmo do relatório, a Opep já havia informado que o plano de iniciar a reversão dos cortes voluntários de 2,2 milhões de barris por dia por 2 meses foi adiado. A proposta não foi o suficiente para segurar o preço da commodity.

O preço do barril está em queda desde o final de agosto. O valor do petróleo caiu de US$ 81,43 em 26 de agosto para menos de US$ 70 nesta 3ª feira (10.set). É uma desvalorização de 15,2% em 15 dias.

Para o Brasil, a redução no preço pode significar uma queda no preço dos combustíveis. A Petrobras pode realizar cortes no preço repassado às distribuidoras, mas esse recuo no valor do petróleo será feito com cautela, pois um óleo barato também impactará nos resultados financeiros da petroleira estatal.

Fonte: Poder 360

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