Em entrevista, cantora falou sobre nova batalha contra o câncer e conselhos do pai
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Redação Terra
9 set
2024
– 09h11
(atualizado em 10/9/2024 às 15h41)
Preta Gil explica que amputação do reto foi há um ano e fala sobre novo tratamento: ‘Firme e forte’:
A cantora Preta Gil, de 50 anos, contou no domingo, 8, que descobriu que o câncer retornou durante uma bateria de exames de check-up, e revelou detalhes do seu tratamento.
“Eu estava assim, desencanada, feliz. Fui para o hospital fazer o check-up tranquila e aí, de repente, vem uma surpresa nada agradável como essa no exame de rotina. Agora com a presença de quatro focos de tumor no meu organismo”, disse Preta Gil, em entrevista à jornalista Maju Coutinho, do Fantástico.
A cantora foi diagnosticada pela primeira vez com câncer em 2023, na época, a doença acometia o intestino. Foram meses de internações e procedimentos. Em dezembro, ela anunciou que estava curada. Agora, ele retoma as forças para buscar uma nova vitória sobre o quadro clínico.
“Eu sou uma Preta mais forte em vários aspectos e hoje eu tenho mais sede de viver ainda. Eu acho que dessa vez pode até ser mais difícil por um lado, mas eu vou encarar com ainda mais dignidade e coragem […] Eu faço questão de falar abertamente, justamente com essa intenção [de empoderar] assim, de que as pessoas não se envergonhem, que elas peçam ajuda, que elas se cerquem de pessoas que as amam, porque cada um reage de uma maneira, mas isso é muito importante: rede de apoio”.
Além do anúncio do retorno do câncer, um dos assuntos que mais chamaram atenção em torno de Preta Gil nos últimos dias foram o conselho que ela recebeu do pai, Gilberto Gil. O cantor afirmou que “se [a batalha] estiver sendo muito difícil, e se for sua hora, aceite”, o que gerou comentários nas redes sociais.
Diagnóstico, ‘cura’ e recidiva: entenda o câncer de Preta Gil
Preta Gil, por sua vez, vê o pai como um homem sábio e encarou o conselho de sua própria forma.
“O meu pai é um ser humano evoluído, ele tem uma relação com a finitude diferente de nós. Uma conversa que eu tive com ele na UTI, quando eu tive a septicemia no ano passado, e ele viu que eu estava lutando pela minha sobrevivência, ele sentiu isso e me deu um conselho assim: ‘Se estivesse pesado para mim, naquele momento, e que eu não quisesse mais, que eu fosse’. Foi de uma coragem… é uma prova de amor você dizer para um filho, se você não estiver aguentando, vá, né? E aquilo bateu em mim como um sopro de vida. E eu falei: ‘Não, não quero, não é a minha hora’”.
Para além de continuar viva, a artista acredita que seja importante manter o assunto em pauta, pois passar pelo tratamento é algo desafiador para o paciente e para sua rede de apoio.
“Em seis meses, quatro tumores cresceram. Não é fácil, mas a gente não tem outra opção a não ser encarar. Tudo nessa doença é um grande tabu. Eu amputei o reto e não posso ter vergonha, porque é a minha realidade. As pessoas acham que eu fiz essa cirurgia agora. Não. Esta cirurgia eu fiz há um ano atrás. Agora, estou em um novo tratamento, com novos focos, em tumores que também serão sanados, também serão curados com toda minha fé”.