Boeing pagará US$ 150 mi à Embraer para encerrar disputa

Embraer

Fabricantes de aviões discordavam sobre os motivos que levaram ao fim do acordo que criaria uma nova empresa de aviação

A Embraer informou nesta 2ª feira (16.set.2024) que chegou a um acordo com a Boeing para pôr fim a uma disputa extrajudicial que se arrastava há 4 anos. Segundo a companhia brasileira, a fabricante de aviões dos EUA pagará US$ 150 milhões (R$ 826,45 milhões) para encerrar uma operação que criaria uma fusão entre as empresas. Leia a íntegra do comunicado (PDF – 95 kB).

A Boeing confirmou que o processo de arbitragem –método extrajudicial e privado, frequentemente escolhido para resolver disputas como as que envolvem contratos comerciais– foi concluído, mas não divulgou o valor que desembolsará à Embraer.

“Estamos satisfeitos por ter concluído o processo de arbitragem com a Embraer. De forma mais ampla, temos orgulho de nossos mais de 90 anos de parceria com o Brasil e esperamos continuar contribuindo para a indústria aeroespacial brasileira”, disse a companhia.

O acordo é a conclusão de um processo iniciado em abril de 2020 depois que a empresa norte-americana cancelou um contrato avaliado em cerca de US$ 4,75 bilhões para comprar as operações de fabricação de jatos comerciais da Embraer.

A arbitragem foi um pedido da companhia brasileira, que tentava reaver as perdas financeiras que sofreu ao longo do processo de preparação para a venda.

ENTENDA COMO ERA O NEGÓCIO

Em julho de 2018, a Embraer e a Boeing anunciaram a criação de uma empresa em um negócio avaliado, na época, em US$ 4,75 bilhões.

A empresa seria brasileira, mas ficaria sob o comando da Boeing, com 80% de participação. A Embraer teria 20% da nova companhia e receberia cerca de US$ 3,8 bilhões. Leia a íntegra do fato relevante divulgado em 2018 (PDF – 419 kB).

Já em 2020, durante os trâmites para a formação da joint venture, a Boeing decidiu cancelar o acordo e alegou que a Embraer “não teria atendido as condições necessárias”.

Por outro lado, a Embraer disse que a empresa norte-americana rescindiu o contrato porque enfrentava dificuldades financeiras para concluir o negócio e teria “fabricado alegações falsas” para evitar os compromissos firmados.

Fonte: Poder 360

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