No domingo (15.set), o presidente argentino mostrou proposta econômica que projeta inflação anual de 18,3% e equilíbrio fiscal
O mercado internacional reagiu bem à apresentação da proposta de orçamento para 2025 feita pelo presidente da Argentina, Javier Milei (La Libertad Avanza, direita) no domingo (15.set.2024). O risco país, medido pelo banco de investimentos J.P. Morgan, atingiu nesta 2ª feira (16.set) 1.359 pontos, o mais baixo desde junho, e o título de dívida valorizou quase 2%.
O orçamento da Argentina de 2025 aprestado pelo libertário estima uma inflação anual de 18,3%, além de ter o equilíbrio fiscal como objetivo principal. Espera-se que o PIB (Produto Interno Bruto) cresça 5% em 2026 e 5,5% em 2027. Eis a íntegra da proposta (PDF–885 kB, em espanhol).
A reação dos mercados é positiva ao governo libertário. Os indicadores que analisam risco país enxergam a atual gestão como mais responsável e capaz de cumprir com suas obrigações financeiras, incentivando os investidores estrangeiros a aplicarem na Argentina.
Em comparação com o risco país do mesmo período do ano anterior, quando a nação era governada pelo ex-presidente Alberto Fernández, o índice atingiu 2.371 pontos, sugerindo uma ampla desconfiança do mercado internacional ao kirchnerista.
O comprometimento com o fim do déficit do governo argentino eleva as expectativas também do Banco Central para a economia. Em maio, a entidade anunciou o corte das taxas de juros de 50% para 40%.
Na decisão, a autoridade monetária disse ter “observado que a firmeza do compromisso do governo com a meta de deficit fiscal zero aumenta a credibilidade na âncora central do programa econômico e fortalece uma trajetória de expectativas de inflação mais baixas”.