Lula critica agrotóxicos e cita proibição em outros países

Para o presidente, “não é possível” que 80% dos químicos banidos na Alemanha e nos EUA sejam vendidos no Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta 3ª feira (17.set.2024) o uso de agrotóxicos no Brasil e comparou o uso dos produtos químicos em outros países, como Alemanha e Estados Unidos.

“Não é possível que 80% de agrotóxicos proibidos na Alemanha possam ser vendidos aqui no Brasil. É proibido nos EUA, mas pode ser vendido aqui, como se nós fossemos a ‘republiqueta’ de bananas, em que aqui se pode jogar tudo que é não usado”, afirmou em reunião com os chefes dos Três Poderes no Palácio do Planalto para debater o combate aos incêndios no país.

O chefe do Executivo disse estar aberto para conversar com a Bancada Ruralista, com líderes de partidos, com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e com empresários do setor para debater o uso de agrotóxicos no país.

“Nossa disposição é de conversar com todo mundo. Ninguém será pego de surpresa com projeto de lei entregue na Câmara corrida pelo nosso líder às 21h. Nós iremos sentar em uma mesa de negociação e conversar com todas as pessoas, com quem gosta da gente, com quem não gosta, com quem é civilizado, com quem não é”, declarou.

AGROTÓXICOS NO BRASIL

Em 28 de dezembro, o presidente Lula sancionou, com veto em 14 trechos, uma lei que modifica as regras de aprovação e comercialização de agrotóxicos.

O texto aprovado estabelece que os agrotóxicos e produtos semelhantes só poderão ser pesquisados, produzidos, exportados, importados, comercializados e usados se forem aprovados em um órgão federal.

Lula vetou o trecho que determinava que apenas o Ministério da Agricultura poderia avaliar tecnicamente as alterações nos registros de agrotóxicos relativas ao processo produtivo, às especificações do produto técnico e às mudanças de matérias-primas ou aditivos.

O presidente também não aprovou a parte que dizia que o ministério seria o responsável por casos de reavaliação dos riscos dos agrotóxicos.

Fonte: Poder 360

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