Governo reverte contingenciamento; contenção cai para R$ 13,3 bi

A Dívida Bruta do Governo Geral é formado por governo federal, pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e pelos governos estaduais e municipais

Da quantia anunciada, houve um aumento de R$ 2,1 bilhões no bloqueio de despesas; em julho, congelamento atingiu R$ 15 bilhões

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta 6ª feira (20.set.2024) que reverteu o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões que havia feito no 3º bimestre em razão do aumento de receitas. Em contrapartida, fará um bloqueio adicional de R$ 2,1 bilhões em despesas discricionárias (não obrigatórias) no Orçamento de 2024. A medida se dá em cumprimento ao novo marco fiscal, que estabelece o limite de gastos para cumprir a lei.

Na prática, com a reversão, o congelamento de recursos cai de R$ 15 bilhões para R$ 13,3 bilhões. Os dados foram publicados nesta 6ª feira (20.set) no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 4º bimestre de 2024. Eis a íntegra do documento (PDF – 3 MB).

A quantia bloqueada se dá sobre as despesas discricionárias enquanto o contingenciamento é feito por causa da frustração de receitas. Mais cedo, o Poder360 apurou que a contenção seria menor que R$ 5 bilhões.

“A elevação do bloqueio decorre do aumento de despesas obrigatórias, principalmente em razão da atualização da estimativa de requisições de pequeno valor – RPV pela Justiça Federal”, diz o Ministério do Planejamento e Orçamento.

PRINCIPAIS VARIAÇÕES

Alguns gastos contribuíram para o aumento do bloqueio de despesas. Eis abaixo:

  • benefícios previdenciários – aumento de R$ 5,3 bilhões com atualização da estimativa para RPV (requisições de pequeno valor) pela Justiça Federal;
  • BPC (Benefício de Prestação Continuada) – crescimento de R$ 0,3 bilhão. Governo afirma que valor foi parcialmente compensado por redução de R$ 0,5 bilhão nas despesas dos benefícios, incluindo economia com revisão de cadastros.

Quantia foi compensada em parte por estas reduções de gastos:

  • Lei Aldir Blanc – redução de R$ 1,9 bilhão dos desembolsos feitos pela União aos Estados e municípios para fomento à cultura;
  • pessoal e encargos sociais – queda de R$ 1,0 bilhão com a atualização da estimativa para requisições de pequeno valor pela Justiça Federal;
  • sentenças judiciais e precatórios – recuo de R$ 0,9 bilhão com atualização de estimativa pela Justiça.

PROJEÇÃO DE ROMBO

O governo federal ampliou a estimativa de rombo nas contas públicas em 2024 para R$ 28,3 bilhões. A projeção anterior foi divulgada em julho e apresentava deficit de R$ 32,6 bilhões.

A nova estimativa ultrapassa em R$ 28,3 bilhões a margem da meta fiscal para este ano, que estabelece um intervalo de tolerância de 0,25 p.p (ponto percentual) do PIB (Produto Interno Bruto) para o saldo primário.

Na prática, o governo pode gastar até R$ 28,8 bilhões a mais que as receitas. A meta em si é de deficit zero, mas há essa margem de tolerância. 

Fonte: Poder 360

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