Parlamento Europeu reconhece opositor de Maduro como presidente eleito da Venezuela – Mundo – CartaCapital

O parlamento europeu anunciou nesta quinta-feira 19 que reconhece Edmundo González Urrutia como presidente da Venezuela. Principal nome de oposição nas eleições venezuelanas no fim de julho, ele está exilado na Espanha desde o último dia 8.

A votação sobre o tema recebeu 309 votos favoráveis ao reconhecimento, 201 contrários e teve 12 abstenções entre os eurodeputados. Ao anunciar a decisão que contraria a apuração oficial na Venezuela, o parlamento europeu afirmou que repudia “a fraude eleitoral orquestrada pelo Conselho Nacional Eleitoral [da Venezuela], controlado pelo regime, que se recusou a tornar públicos os resultados oficiais”.

O texto condena “com a maior veemência possível os assassinatos, as perseguições, as violações e as detenções que visaram membros da oposição democrática ao regime, o povo venezuelano e a sociedade civil” e pede o fim de violações “sistemáticas” dos direitos humanos.

Os eurodeputados ressaltaram a preocupação com eventual aumento do êxodo de venezuelanos, com a chegada de mais migrantes, e pediram que governos e outros organismos internacionais se juntem à decisão aprovada nesta quinta.

Além do reconhecimento de González como “presidente legítimo e democraticamente eleito” da Venezuela, o parlamento europeu anunciou apoio a María Corina Machado como líder das “forças democráticas” do país sul-americano.

Na sessão que marcou a aprovação do texto, os eurodeputados saudaram a ação dos governos de Brasil, Colômbia e México desde as eleições da Venezuela. De maneira conjunta, os três países cobraram a divulgação das atas eleitorais, mas destacaram que a resolução do conflito deveria acontecer internamente na Venezuela, sem ação de outros países.

Com a decisão aprovada pelos eurodeputados nesta quinta, a União Europeia deve se esforçar para que González assuma a presidência venezuelana em 10 de janeiro de 2025, data marcada para a posse. Além disso, foi pedida a prorrogação e até o aumento das sanções contra o governo de Nicolás Maduro.

Fonte: Terra

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