Contas externas têm maior deficit para agosto em 10 anos

Fachada externa do Banco Central, em Brasília

Saldo negativo somou US$ 6,59 bilhões no mês, alta de 580,2% em relação ao mesmo período do ano passado

As contas externas do Brasil registraram deficit de US$ 6,59 bilhões em agosto. Esse foi o maior saldo negativo para o mês em 10 anos. O deficit foi 580,2% superior ao registrado no mesmo mês de 2023, quando totalizou US$ 969 milhões. O BC (Banco Central) divulgou o resultado nesta 4ª feira (25.set.2024). Eis a íntegra do relatório (PDF – 264 kB).

Os dados constam no relatório de estatística do setor externo da autoridade monetária, que calcula mensalmente as transações correntes do Brasil. Considera o saldo da balança comercial (exportações e importações), e os serviços adquiridos por brasileiros no exterior pela renda, como remessa de juros, lucros e dividendos para outros países.

Segundo dados do Banco Central, agosto de 2014 foi a última vez que o saldo negativo das transações correntes foi maior que US$ 6,59 bilhões. Leia o histórico no gráfico abaixo.

DETALHAMENTO DE AGOSTO

O Banco Central disse que a balança comercial teve superavit de US$ 4 bilhões em agosto. Recuou em relação ao mesmo mês de 2023, quando o saldo positivo foi de US$ 8,8 bilhões. As exportações de bens totalizaram US$ 29,2 bilhões, com queda de 6,8% em relação ao mesmo período do ano passado. As importações aumentaram 12,0%.

Na conta de serviços, o saldo ficou negativo em US$ 4,7 bilhões em agosto. O deficit subiu em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando foi de US$ 3,1 bilhões.

Já o deficit na renda primária somou US$ 6,2 bilhões em agosto. O valor é 12,1% abaixo do saldo negativo de US$ 7,0 bilhões de agosto de 2023.

EM 12 MESES

As transações correntes registraram um deficit de US$ 38,6 bilhões no acumulado de 12 meses até agosto. Esse valor corresponde a 1,75% do PIB (Produto Interno Bruto). Em julho, o saldo negativo era de US$ 33,0 bilhões (ou 1,49% do PIB). Em agosto de 2023, o deficit era de US$ 32,2 bilhões (1,54% do PIB).

Fonte: Poder 360

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