O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, alertou, nesta segunda-feira 23, que o conflito entre Israel e o grupo libanês Hezbollah ameaça mergulhar o Oriente Médio em uma “guerra total”.
“Posso dizer que estamos quase à beira de uma guerra total”, declarou o diplomata, que participaria mais tarde de uma reunião dos países do G7 à margem da Assembleia Geral da ONU, em Nova York.
Os intensos ataques israelenses contra o Hezbollah mataram nesta segunda 492 pessoas no Líbano, incluindo 35 crianças, segundo as autoridades libanesas, que viveram seu dia mais letal em quase um ano de trocas de disparos entre os dois lados em paralelo à guerra em Gaza.
O alto representante da União Europeia (UE) voltou a pedir um cessar-fogo ao longo da Linha Azul (a linha de demarcação entre Israel e Líbano desde o ano 2000), assim como na Faixa de Gaza, e ressaltou que os civis “estão pagando um preço intolerável e inaceitável”.
“Chegou o momento de fazer algo. Todos devem fazer o possível para parar isso”, disse, reconhecendo o fracasso dos esforços diplomáticos até agora para interromper a guerra em Gaza.
