Setor movimentou R$ 81 bilhões no ano passado, o que representa um aumento de 3% em comparação ao ano anterior
A Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) informou nesta 5ª feira (26.set.2024) que a aviação comercial movimentou R$ 81 bilhões em 2023. A quantia representa 0,75% do PIB (Produto Interno Bruto) do país no período. Em 2022, a movimentação de recursos voltados para a aviação comercial no Brasil somou R$ 78 bilhões.
Segundo a associação, o setor empregou 990 mil brasileiros em 2023, o equivalente a 1% da massa de trabalhadores do país. A movimentação com salários atingiu R$ 34,7 bilhões, cerca de 0,97% do total pago a trabalhadores no país. Já a arrecadação com tributos somou R$ 25,4 bilhões no período.
O Estado que mais emprega no setor de aviação comercial é São Paulo, com 368 mil funcionários, seguido por Rio de Janeiro (92.349) e Distrito Federal (70.573). O Acre é o que menos tem funcionários no setor: só 1.642 pessoas, o equivalente a 0,4% de São Paulo.
A perspectiva para 2024 é que os indicadores apresentem uma nova evolução. Isso se deve ao reaquecimento do setor, que enfrentou dificuldades nos últimos anos em função das restrições provocadas pela pandemia de covid-19 a partir de 2020.
Até o momento, os indicares econômicos do setor tem registrado patamares similares e até superiores aos da pré-pandemia, mas as empresas aéreas que operam no Brasil ainda registram dificuldades.
A entrada em recuperação judicial da GOL e a necessidade da Azul em renegociar dívidas com credores são alguns dos efeitos do período de restrição das operações aéreas no Brasil. Para auxiliar o setor, o governo flexibilizou os recursos do Fnac (Fundo Nacional de Aviação Civil) via projeto de lei, mas como mostrou o Poder360, os recursos do fundo só devem ficar disponíveis para as empresas em janeiro do ano que vem.
Os dados foram disponibilizados pela Abear no painel de indicadores do setor lançado pela associação nesta 5ª feira (26.set.2024).