Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti são réus no caso; a deputada não foi ao último depoimento por problemas de saúde
O STF (Supremo Tribunal Federal) dá continuidade, nesta 3ª feira (1º.out.2024), a depoimentos no caso da invasão a sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Dentre os intimados estão a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto, ambos réus no caso.
As oitivas começaram na última 2ª feira (23.set), mas Zambelli não compareceu ao encontro da 5ª feira (26.set) por conta de problemas de saúde. Segundo sua assessoria, ela estava internada no HCor, em São Paulo.
A deputada já teve alta e deve acompanhar as oitivas. Por ser ré, ela será uma das últimas a ser ouvida. Além dela e Delgatti, foram convocadas a depor outras testemunhas.
Zambelli e Delgatti são réus no STF desde maio deste ano pelo caso. A 1ª Turma do Tribunal aceitou por unanimidade a denúncia feita pela PGR (Procuradoria Geral da República) por invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica.
O objetivo da invasão seria inserir no sistema da Justiça mandados de alvarás de solturas e mandados de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, forjando sua assinatura. Eis a íntegra da denúncia (PDF – 8 MB).
Na época do julgamento, os advogados afirmaram que a deputada “não praticou qualquer ilicitude e confia no reconhecimento de sua inocência porque a prova investigação criminal evidenciou que inexistem elementos de que tenham contribuído, anuído e ou tomado ciência dos atos praticados pelo complicado”.
Delgatti está preso desde agosto de 2023 pelo caso. No mesmo mês, ele foi condenado a 20 anos de prisão no processo da 0peração Spoofing. Ele teria invadido contas de autoridades no Telegram, incluindo integrantes da força-tarefa da Lava Jato.
Carla Zambelli, segundo a defesa do hacker, teria pagado ao todo R$ 40.000 para invadir “qualquer sistema do Judiciário”. A deputada nega.
Além da ação que envolve Delgatti, Zambelli também é ré no STF por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo pelo episódio em que a deputada sacou uma arma contra jornalista em São Paulo às vésperas do 2º turno das eleições presidenciais.
