Economistas consultados por “Reuters” e “WSJ” estimavam a criação de 140 mil a 150 mil vagas; desemprego ficou em 4,1%
Os Estados Unidos criaram 254 mil vagas de emprego fora do setor agrícola em setembro. O resultado foi acima da expectativa do mercado, que estimava a criação de 140 mil a 150 mil vagas, segundo economistas consultados pela Reuters e pelo Wall Street Journal.
Os setores de alimentação e bebidas, saúde, governo, assistência social e construção registraram aumento. Os dados foram divulgados nesta 6ª feira (4.out.2024) pelo BLS (Bureau of Labor Statistics). Eis a íntegra do relatório (PDF – 270 kB, em inglês).
A taxa de desemprego no país ficou em 4,1%. O valor é 0,1 ponto percentual menor que o registrado em agosto (4,2%).
O número de pessoas desocupadas no país caiu para 6,8 milhões em setembro ante agosto (7,1 milhões). No mesmo período de 2023, a taxa de desemprego era de 3,8% e a quantidade de pessoas desocupadas era de 6,3 milhões. A participação direta da população na força de trabalho permaneceu em 62,7% pelo 3º mês consecutivo.
A média salarial dos trabalhadores norte-americanos não agrícolas do setor privado subiu para US$ 35,36 por hora. O valor representa um aumento de 0,4% ante agosto, avançando para 4% em comparação a setembro de 2023.
O BLS também apresentou, no relatório de setembro, a revisão da criação de vagas de empregos em julho e agosto. No 1º mês, aumentou de 89.000 para 144 mil. No 2º mês, houve uma alta de 17.000 vagas –de 142 mil para 159 mil.
ECONOMIA DOS EUA
O PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos cresceu 3% no 2º trimestre de 2024. O resultado anualizado é 1,6 ponto percentual maior em comparação com o 1º trimestre, quando o índice avançou 1,4%.
INFLAÇÃO E JUROS
A inflação anualizada dos Estados Unidos foi de 2,5% em agosto. A taxa teve uma queda de 0,4 ponto percentual em relação ao mês anterior, quando foi de 2,9% no acumulado de 12 meses. A inflação mensal ficou em 0,2%, mesma de julho. Os dados de setembro serão divulgados em 10 de outubro.
Em 18 de setembro, o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) decidiu reduzir o intervalo da taxa básica de juros de 5,25% a 5,50% para 4,75% a 5% ao ano. O corte foi de 0,5 ponto percentual e representa a 1ª diminuição desde março de 2020, quando começou a pandemia de covid.
O último corte dos juros norte-americanos foi realizado em reunião extraordinária há 4 anos e 6 meses, quando os bancos centrais dos países tinham dúvidas quanto ao efeito do isolamento social na economia global.