Companhia busca liquidez e preservação da sua classificação de grau de investimento através de acordo de crédito
A Boeing anunciou nesta 3ª feira (15.out.2024) seus planos para arrecadar até US$ 35 bilhões (R$ 198 milhões) para contornar as crises de produção e regulamentação.
As ações da Boeing registraram um aumento de 1,6% depois do anúncio. A empresa planeja arrecadar US$ 25 milhões por meio de vendas de ações e títulos de dívida, além de um contrato de crédito de US$ 10 bilhões com seus principais financiadores.
A empresa anunciou na última 6ª feira (11.out) um corte de 10% em sua força de trabalho, cerca de 17.000 funcionários. Essas mudanças na linha de produção são realizadas depois de 33.000 mecânicos entrarem em greve em setembro. Na ocasião, integrantes da Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais rejeitaram uma proposta de aumento dos salários em 25% ao longo de 4 anos.
Além da greve dos trabalhadores, a Boeing enfrenta problemas de fabricação do 737 MAX e uma investigação do governo dos Estado Unidos, depois de um incidente com um avião da mesma família, durante voo da companhia Alaska Airlines, em janeiro de 2024.
De acordo com a Reuters, a Boeing precisaria de US$ 10 bilhões a US$ 15 bilhões para manter suas classificações de crédito.