Brasileiros terão 6 meses para sacar dinheiro esquecido nos bancos

Se o recurso não for requerido em 25 anos, a quantia será incorporada à União; o prazo inicial era até 4ª feira (16.out.2024)

Pessoas físicas e empresas que perderam o prazo para sacar os R$ 8,6 bilhões de recursos esquecidos nas instituições financeiras ainda terão 6 meses para reclamar os valores. O limite era até 4ª feira (16.out.2024). As informações para requerer o dinheiro estarão em edital que será publicado pelo Ministério da Fazenda.

O SVR (Sistema de Valores a Receber) é um serviço do BC (Banco Central), no qual é possível consultar se empresas, mesmo aquelas que foram encerradas, e pessoas físicas, inclusive falecidas, têm dinheiro esquecido em algum banco, consórcio ou outra instituição e, caso tenha, saber como solicitar o valor. De acordo com a Lei 2.313 de 1954, caso os recursos não sejam requeridos no prazo de 25 anos, poderão ser incorporados à União.

O governo declara que isso não representa um confisco. No caso dos valores informados atualmente no SVR do Banco Central, os recursos não sacados serão transferidos para a conta única do Tesouro Nacional. A ação tem o objetivo de atender à lei que compensa a prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e de 156 municípios, aprovada em setembro pelo Congresso Nacional.

De acordo com o Ministério da Fazenda, o novo edital trará a relação dos valores recolhidos, a instituição onde estão esquecidos, a natureza do depósito, a agência e o número da conta.

Prazo de 30 dias

Será estabelecido, então, prazo de 30 dias, contado da data da publicação do edital, para que os respectivos titulares contestem o recolhimento dos recursos. O interessado precisa acionar as instituições financeiras para reaver o dinheiro esquecido.

As pessoas e as empresas ainda terão 6 meses para requerer judicialmente o reconhecimento do direito aos valores. O prazo também se inicia depois da publicação do edital pela Fazenda. Depois disso, os valores serão recolhidos pela União.

O Banco Central e o Ministério da Fazenda ainda não divulgaram balanço de quanto faltou ser resgatado dos R$ 8,6 bilhões que estavam disponíveis até 4ª feira (16.out). Desse total, R$ 6,62 bilhões referem-se a valores não retirados por pessoas físicas e R$ 1,97 bilhão por empresas.

Depois de ficar fora do ar por quase 1 ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Até agosto de 2024, o BC promoveu a devolução de R$ 8 bilhões, de um total de R$ 16,6 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.


Com informações da Agência Brasil.

Fonte: Poder 360

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