Um levantamento feito com a média das pesquisas eleitorais nos Estados Unidos, realizado pela The Economist, mostra que a candidata democrata Kamala Harris está na liderança a duas semanas das eleições. A vice-presidente pontua, em média, 49,2%. O republicano Donald Trump registra 47,7%, confirmando que o cenário da disputa pela Casa Branca continua acirrado.
A publicação usou um modelo estatístico para estimar a intenção de voto “verdadeira”, dadas as pesquisas recentes. O modelo leva em consideração as diferenças na metodologia entre as pesquisas.
Desde que ela assumiu a nomeação democrata de Joe Biden, Kamala tem visto seu apoio entre os eleitores norte-americanos ganhar força.
A mais recente pesquisa, realizada pela empresa YouGov, mostra que Kamala pontua 49% e Trump 46%. Considerando a margem de erro de 3,3 pontos percentuais, os dois estão tecnicamente empatados.
Para 65% dos entrevistados, os EUA estão “no caminho errado”, ante 24% que dizem acreditar que a direção está correta. A pesquisa da YouGov ouviu 1.615 cidadãos americanos maiores de 18 anos, entre 19 e 22 de outubro, pela internet.
Trump e Kamala tentam conquistar voto latino
Donald Trump e Kamala Harris pediam nesta terça-feira 22 o voto dos latinos, a duas semanas de uma das eleições mais disputadas da história contemporânea dos Estados Unidos. Com um empate técnico nas pesquisas de intenção de voto, os dois dão suas últimas cartadas para tentar atrair comunidades inteiras de afro-americanos e latinos.
Estima-se que 17,5 milhões de latinos votarão nessas eleições, um contingente que pode fazer a diferença, especialmente nos sete estados-pêndulo, assim chamados porque não se inclinam para nenhum dos partidos, mas escolhem com base no candidato.
A maioria dos latinos vota nos democratas, mas Trump tem conquistado os votos desta comunidade desde que entrou na política, especialmente entre os homens. O republicano, cuja retórica antimigração se radicaliza, participou de uma mesa redonda com simpatizantes latinos na Flórida.
Trump falou sobre economia, mas, principalmente, sobre o que considera uma prioridade: a imigração ilegal.
