Não há palavras para consternar aos familiares das quatro crianças assassinadas, na quarta-feira (05), no CEI Cantinho Bom Pastor, em Blumenau-SC.
O autor do ataque, um homem de 25 anos, que chegou em uma moto, portando uma machadinha, pulou o portão do Centro de Educação Infantil, matou quatro crianças e feriu outras cinco, saiu e fugiu com a mesma. Minutos depois o assassino entregou-se no Batalhão da PM. Ele possui passagens por porte de drogas, lesão e dano, segundo a Polícia Civil.
A Polícia, através da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática apurará se o ataque foi organizado on-line. O ataque ocorreu dez dias depois de uma escola na Zona Leste de São Paulo ter uma professora assassinada com golpes de faca por um estudante de 13 anos.
Desde a tragédia em uma escola em Realengo, Rio de Janeiro, em 2011, 15 unidades escolares foram atacadas por criminosos no Brasil. Em maio de 2021, no Oeste de Santa Catarina, na cidade de Saudades, um jovem de 18 anos, armado com um facão entrou em uma creche e matou cinco pessoas, duas professoras e três bebês.
O Governador de Santa Catarina, Jorginho Melo, afirmou: “É com enorme tristeza que recebo a lamentável notícia de que a creche particular Cantinho do Bom Pastor, em Blumenau, foi invadida por um assassino que atacou crianças e funcionários. Infelizmente quatro não resistiram e morreram, além de três feridos”. O Chefe do Executivo Catarinense decretou luto de três dias.
Mais tarde, o Ministro dos Direitos Humanos, Prof. Dr. Silvio Almeida, falou: “Quero pedir desculpas por meio do Estado brasileiro a todos. Estamos permitindo que crianças sejam assassinadas. Um país que mata crianças é tudo menos democrático; é tudo, menos decente. Estamos falhando miseravelmente com as crianças e adolescentes, com as pessoas que mais precisam de nós. É preciso admitir isso para podermos dar um passo à frente”.
Unidades Escolares não podem conviver com a cultura da violência e do abandono, da falta de incentivo ao professor, e do menosprezo da sociedade em relação ao docente brasileiro. Queremos a real Cultura da Paz.