Senador deixa a Presidência da Casa em fevereiro de 2025; foi questionado em evento se assumiria um ministério no governo Lula
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta 3ª feira (29.out.2024) que pretende permanecer no cargo de senador depois de deixar a Presidência da Casa Alta, em fevereiro de 2025. A fala foi em participação em evento do Grupo Lide em Londres (Reino Unido).
Pacheco foi questionado pela jornalista Flávia Lima, moderadora do painel, sobre seus planos a partir de fevereiro de 2025 –mais especificamente, se poderia assumir um ministério no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O congressista respondeu: “A minha intenção é permanecer no Senado nos próximos 2 anos. Gostaria muito de cuidar de iniciativas que tive acerca de inteligência artificial, que é um projeto de minha autoria”.
Pacheco declarou que, “se o novo Presidente do Senado assim o permitir”, ele pretende ser o relator do projeto sobre o novo Código Penal do Brasil. “É um enfrentamento que nós vamos ter de fazer acerca de crime organizado, de violência no nosso país e isso passa, necessariamente, pelo trabalho do Congresso Nacional”, disse.
“Eu ainda tenho 2 anos de dedicação ao Parlamento e espero que eles sejam tão bem sucedidos quanto foram o meus 4 anos na Presidência [do Senado]”, afirmou.
Pacheco classificou o saldo de sua prestação com presidente do Senado como “bastante positivo”. Ele citou a atuação da Casa no enfrentamento da pandemia de covid-19 e na “defesa da democracia” no Brasil. “Foi um papel importante desempenhado pelo Senado Federal”, afirmou.
O painel em que Pacheco participou tratou de economia e da experiência do Brasil com o chamado open finance. Ele disse querer fazer “um reconhecimento público do trabalho” feito pelo governo federal, pelo BC (Banco Central) e pelo Congresso que permitiram que o país se modernizasse nos últimos anos e tivesse “solidez” em seu sistema financeiro.
“O Brasil é um dos países mais digitalizados do mundo”, disse, acrescentando que o sistema financeiro brasileiro tem “sofisticação” e “qualidade”.
Pacheco disse que o governo federal incentivou que o país tivesse “um sistema financeiro nacional independente, com leis muito rígidas, com normas muito rígidas”, aplicadas pelo BC.