Comissão da Câmara visitará sede da Voepass em novembro

Deputados da Comissão Externa irão a Ribeirão Preto para visitar instalações onde é feita a manutenção dos aviões; 62 morrerem em acidente em Vinhedo

A Comissão Externa da Câmara dos Deputados sobre o acidente da Voepass irá fazer uma vista à sede e oficinas da aérea, em Ribeirão Preto (SP) em 28 de novembro. O presidente da companhia, José Luiz Felício Filho, depôs no Congresso nesta 3ª feira (29.out.2024).

Presidente da comissão, o deputado Bruno Ganem (Podemos-SP) disse ao Poder360 que a intenção da visita é verificar as condições da manutenção dos aviões da aérea e, assim, propor legislações mais efetivas para a segurança da aviação civil. 

Tanto Ganem quanto o relator da comissão, deputado Padovani (União-PR), estão confirmados na viagem. A comissão é formada por 37 deputados –todos estão convidados, mas ainda não foi definido quem irá.

Não estou convencido de que o que está no papel [a legislação] necessariamente acontece na prática. Não estou falando desse caso concreto, mas que a manutenção, da forma com que ela acontece, deixe brechas para que algum tipo de falha dolosa possa acontecer”.

No seu depoimento, Felício defendeu as medidas de segurança e padrões seguidos pela aérea, que recentemente passou por uma reestruturação no quadro de diretores e enxugou a malha aérea. 

O empresário evitou comentar as circunstâncias do acidente do avião da companhia que caiu em Vinhedo (SP), matando 62 pessoas em agosto. Disse que só o relatório final do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) pode definir as causas do acidente e que “não podemos trabalhar com hipóteses”. 

QUEM É O PRESIDENTE DA VOEPASS

José Luiz Felício está à frente da Voepass desde 2004. No final de setembro assumiu também a chefia executiva e a gestão das operações depois da aérea anunciar uma reestruturação do comando da empresa. Ele é o comandante mais antigo da Voepass.

QUEDA DE AVIÃO 

Em 9 de agosto, um avião da Voepass (antiga Passaredo) caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, e matou 62 pessoas. A aeronave, do modelo ATR-72, havia decolado de Cascavel e tinha como destino o Aeroporto Internacional de Guarulhos. É considerado o acidente mais grave na aviação comercial brasileira desde 2007, quando um acidente da TAM matou 199 pessoas em Congonhas. 

A dificuldade de reação em casos graves de acúmulo de gelo é um fator que especialistas em aviação indicam como hipótese para explicar a queda do ATR-72 da Voepass em Vinhedo A área em que caiu o avião tinha um alerta de alto risco de congelamento.


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Fonte: Poder 360

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