Investigação apontou que ela e seu patrão, com quem teve um romance, planejaram o assassinato da esposa dele e do homem que incriminaram
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Redação Terra
30 out
2024
– 16h12
(atualizado às 16h21)
Uma brasileira, que trabalha como babá, confessou nesta terça-feira, 29, sua participação em um crime ocorrido em uma mansão nos Estados Unidos. Segundo as investigações, Juliana Peres Magalhães, de 24 anos, manteve um relacionamento amoroso com seu patrão e colaborou no planejamento do assassinato da esposa dele, além de terem matado um homem que foi enganado para que pudesse ser incriminado.
Juliana se declarou culpada de homicídio culposo pela morte a tiros de Joseph Ryan, ocorrida em 24 de fevereiro de 2023, conforme informou a NBC Washington. No mês passado, Brendan Banfield, patrão dela, foi indiciado pelos assassinatos de Ryan e de sua esposa, Christine Banfield, de 37 anos.
A polícia afirma que os dois colaboraram para atrair Ryan, que não tinha nenhuma ligação com a família, para sua casa de US$ 1 milhão em Herndon, onde encenaram a cena do crime para parecer que ele havia atacado Christine.
No acordo judicial, a brasileira se declarou culpada de uma acusação menor em troca de sua cooperação no processo contra Brendan. Christine foi encontrada em seu quarto com ferimentos de faca ao lado de Ryan, de 39 anos, que foi baleado.
Inicialmente, Brendan e Juliana alegaram que chegaram e encontraram Ryan atacando Christine, momento em que ambos dispararam contra ele. Entretanto, o procurador-adjunto da Commonwealth, Eric Clingan, revelou no tribunal que análises de respingos de sangue indicaram que os corpos foram movidos.
Ele mencionou que a polícia recebeu, em agosto, dois relatórios de especialistas forenses que passaram mais de um ano analisando as evidências. As autoridades afirmam que os assassinatos faziam parte de um esquema mais amplo entre a brasileira e o patrão, que iniciaram um relacionamento romântico em agosto de 2022.
Nos seis meses anteriores aos crimes, os dois fizeram uma viagem a Nova York, onde tiraram fotos juntos. No dia dos assassinatos, Juliana ligou para o 911 pelo menos duas vezes em questão de minutos, mas encerrou as chamadas antes de falar com os socorristas. Mais de 10 minutos depois, fez uma terceira ligação relatando a emergência, durante a qual Brendan Banfield afirmou ter atirado em um homem que esfaqueou sua esposa.
“Não é isso que uma pessoa nessa situação faria, a menos que estivesse tentando encobrir algo”, disse a procuradora-adjunta da Commonwealth, Kelsey Gill.
Quando a polícia chegou, descobriu que Ryan havia sido morto baleado e Christine estava com ferimentos de faca. Juliana alegou na ocasião que saiu de casa para levar a criança ao zoológico, mas voltou ao perceber que havia esquecido o lanche. Ela relatou que deixou a criança no porão antes de ouvir o que parecia ser um intruso, levando à descoberta do ataque a Christine.
No entanto, os promotores afirmam que as evidências sugerem uma narrativa diferente, indicando que Ryan foi assassinado como parte de um plano para eliminar Christine.
A polícia encontrou indícios de uma relação entre os investigados e destacou que, apenas oito meses após os assassinatos, a brasileira já estava morando no quarto principal da casa. Segundo os investigadores, os dois criaram uma conta falsa para Christine em um site de relacionamentos, marcando um encontro fictício com Ryan antes de ambos serem mortos.
O Terra tenta localizar a defesa da brasileira. O espaço segue aberto para manifestações.