Valor é 3 vezes maior ao registrado no período de janeiro a outubro do ano passado; empresas de serviços lideram o ranking
O Brasil registrou 20.973 migrações de empresas para o mercado livre de energia no período de janeiro a outubro de 2024. O valor é quase o triplo do volume registrado no mesmo período do ano passado. Os dados são da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). Eis a íntegra do balanço (PDF – 139 kB).
Segundo a CCEE, mais de 77% dos consumidores que migraram para o mercado livre em 2024 são pequenas e médias empresas, como padarias, supermercados, farmácias e escritórios. O modelo de contratação livre é mais vantajoso, pois as empresas podem alcançar uma economia de até 35% com a negociação de contratos de compra.
A abertura do mercado dá liberdade de escolha para os consumidores e pode ampliar a competitividade de negócios ao permitir o acesso a outros fornecedores além da distribuidora.
A alta é um efeito de um modelo de abertura do mercado implementada desde 1º de janeiro de 2024. Até dezembro do ano passado, comprar energia de qualquer fornecedor era uma opção restrita a grandes indústrias que consomem mais de 500 kW. Para este grupo, a possibilidade existe desde 1996.
As empresas de serviços lideram o ranking entre os segmentos econômicos que mais aderiram ao modelo de contratação livre. Em 2024, 5.596 companhias do ramo concluíram sua migração. Entre os setores, comércio (5.058), manufaturados (2.431) e alimentícios (2.369) vêm em seguida.
SÃO PAULO LIDERA
Entre os Estados, São Paulo lidera com folgas no número de empresas que optam por ingressar no mercado livre de energia. Nos 10 meses de 2024, 6.847 companhias decidirão pela mudança no formato de contratação de energia elétrica. Rio de Janeiro (2.131) e Rio Grande do Sul (2.131) completam o pódio.
Segundo o relatório da CCEE, todos os Estados analisados reportaram um crescimento nas migrações para o mercado livre de energia.