O governo da Venezuela condenou o ataque ao edíficio-sede do Supremo Tribunal Federal, nesta quinta-feira, e manifestou solidariedade ao presidente Lula (PT). O comunicado emitido por Caracas diz que os episódios registrados na capital federal têm objetivo de “estremecer a paz do governo brasileiro e suas instituições”.
“Estes fatos demonstram, uma vez mais, o perigo que representa o avanço da onda fascista e antidemocrática que, utilizando as redes sociais e outros mecanismos de comunicação massiva, a extrema-direita mundial tenta inocular em nosso continente para produzir desestabilização e caos social”, diz o comunicado.
Na manifestação, o governo de Nicolás Maduro se diz ainda “fiel ao princípio de irmandade e fraternidade”, e afirma “continuar atuando” para que a região “seja uma zona de paz”. A manifestação foi divulgada horas após o embaixador venezuelano no Brasil, Manuel Vadell, anunciar seu retorno a Brasília.
O chanceler havia sido chamado a Caracas para consultas, em um ato de protesto do governo Maduro pelo que chamou de “recorrentes declarações intervencionistas e grosseiras de porta-vozes autorizados pelo governo brasileiro”.
O autor das explosões na Praça dos Três Poderes, na noite de quarta-feira, é Francisco Wanderley Luiz, que morreu no local. Ele foi candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul, no interior de Santa Catarina, em 2020. Áudios divulgados pela ex-mulher do chaveiro indicam que a intenção dele era matar o ministro do STF Alexandre de Moraes.