Fórmula 1 à venda? Saída de Maffei pode afetar futuro da categoria

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A iminente saída de Greg Maffei do cargo de CEO da Liberty Media, prevista para o final de 2024, levanta questões sobre o futuro da Fórmula 1. Sob sua liderança, a Liberty Media transformou a categoria em um negócio altamente lucrativo e globalmente reconhecido. Para o seu lugar, John Malone assume interinamente o cargo.

A despedida de Maffei da F1 abre espaço para especulações sobre possíveis mudanças estratégicas da Liberty Media, incluindo a reavaliação de ofertas de aquisição anteriormente recusadas. Em janeiro de 2023, o Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita teria feito uma oferta de US$ 20 bilhões para adquirir a Fórmula 1, proposta que foi rejeitada por Maffei na época.

“Francamente, US$ 20 bilhões não seria um preço atraente. Eu iria querer muito mais do que isso”, disse Maffei durante o podcast Walker Webcast, em junho deste ano.

Malone, em entrevista ao programa Squawk on the Street, da CNBC, foi questionado sobre a possibilidade de aceitar uma proposta de venda da Fórmula 1. Ele afirmou que sua prioridade é maximizar o valor para os acionistas da empresa, mantendo a porta aberta para futuras negociações. “Concluí, após todos esses anos, que quero usar meu controle para maximizar o valor para os meus acionistas”, disse Malone. “Estou disposto a negociar minha posição de controle se isso estiver no interesse de longo prazo dos acionistas.”

Foto: XPB Images

Adquirida pela Liberty Media em 2017 por aproximadamente US$ 4,4 bilhões (aproximadamente R$ 25 bilhões), a Fórmula 1 passou por uma transformação significativa sob a gestão de Maffei. Iniciativas como a introdução de novas corridas em mercados estratégicos, incluindo Miami e Las Vegas, e a popularização da série “Drive to Survive”, da Netflix, ampliaram a base de fãs em nível mundial. Essas estratégias resultaram em um aumento de 25% na receita em 2023, alcançando US$ 3,2 bilhões.

Além disso, em abril de 2024, a Liberty Media anunciou a aquisição de 86% da Dorna Sports, empresa proprietária da MotoGP, por €4,2 bilhões (aproximadamente R$ 30 bilhões). Essa aquisição visa expandir a presença da Liberty Media no mundo dos esportes a motor, consolidando sua posição como líder no setor.

Embora Malone tenha indicado que não descarta uma venda da Fórmula 1 no futuro, ele enfatizou que sua prioridade imediata é continuar desenvolvendo o potencial da categoria. “Certamente vou observar nos próximos anos antes de decidir se seria melhor combiná-la com outra coisa”, concluiu.

Essa transição ocorre em um momento de crescente interesse de investidores do Oriente Médio em expandir sua presença em esportes globais. A proximidade do Oriente Médio com grandes eventos esportivos reforça a atratividade da Fórmula 1 como um ativo estratégico.

Independentemente do rumo que a Fórmula 1 seguirá, a saída de Maffei marca o fim de uma era de modernização, estabilização e crescimento. A incerteza quanto aos próximos passos da Liberty Media e o interesse contínuo de grandes investidores tornam o futuro da categoria um tema de alto interesse, não apenas para os fãs do esporte, mas também para o mercado global.

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Fonte: Terra.com

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