Senador do PL comparou atuação da Corte na investigação do homem-bomba na Praça dos Três Poderes à de autor da facada em Bolsonaro
O senador Rogério Marinho (PL-RN) avaliou que há um “desequilíbrio” no tratamento de casos políticos e judiciais no Brasil. Ele criticou a atuação de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) em episódios recentes e destacou supostas diferenças na condução de casos envolvendo manifestações e atentados políticos ao longo dos anos em fala no plenário na 2ª feira (18.nov.2024).
“Nos anos 2000, o então deputado federal José Dirceu afirmou que ‘era preciso bater nos tucanos nas ruas e nas urnas’. Uns dias depois, houve uma agressão física ao então governador de São Paulo, Mário Covas, que inclusive estava com câncer, estava doente de câncer”, disse Marinho.
“Em 6 de junho de 2006, cerca de 500 manifestantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra invadiram e depredaram a Câmara dos Deputados. Naquela época, não era terrorismo, era um ato político. E o STF, pasmem, não assumiu a investigação desse grave atentado contra a democracia”, completou.
O senador também fez um paralelo entre as abordagens do STF nos casos de Adélio Bispo, autor do atentado contra Jair Bolsonaro (PL) em 2018, e Francisco Wanderley Luiz, responsável pelas explosões na Praça dos Três Poderes.
Marinho destacou que, enquanto o caso de Adélio permaneceu sem uma apuração completa, incluindo a análise do celular do agressor, o inquérito envolvendo o atentado na última 4ª (13.nov) foi assumido pelo STF com a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
“Acredito que é importante que nós possamos reencontrar esse equilíbrio perdido. Angústia e perplexidade por observar que, hoje, as decisões da mais alta Corte judiciária estão sob suspeita. É a sociedade que, quando nos aborda, diz: “eu não acredito no que está sendo feito”, porque criminosos empedernidos estão sendo liberados e pessoas que não têm tanta culpa estão levando penas absurdas, absolutamente exageradas, desproporcionais”, concluiu.
Com informações da Agência Senado.