O atacante do Barcelona Lamine Yamal, que é de ascendência guineense e marroquina, estava entre os alvos de abusos xenófobos e racistas
23 nov
2024
– 13h01
(atualizado às 14h36)
Três pessoas foram presas por supostamente gritar insultos racistas a dois jogadores do Barcelona durante uma partida do El Clasico contra o Real Madrid em outubro, informou a polícia espanhola neste sábado, 23.
O atacante do Barcelona Lamine Yamal, que é de ascendência guineense e marroquina, estava entre os jogadores alvos de abusos xenófobos e racistas durante o jogo no estádio Bernabeu em Madri.
O Barcelona derrotou o arquirrival Real por 4 a 0, com Yamal entre os artilheiros.
A Polícia Nacional da Espanha disse em uma publicação na plataforma de mídia social X neste sábado: “Três pessoas foram presas por proferir insultos racistas contra dois jogadores de futebol durante a partida do El Clasico disputada em outubro passado.”
“Os presos fizeram declarações xenófobas que violaram a dignidade e a integridade moral de ambos os jogadores de futebol.”
O Conselho Superior de Esportes da Espanha (CSD) e a La Liga condenaram os incidentes.
“A LaLiga denunciará imediatamente os insultos e gestos racistas recebidos pelos jogadores do Barcelona à Seção de Crimes de Ódio da Brigada Nacional de Informação da Polícia, além de informar o Promotor Coordenador da Unidade de Crimes de Ódio e Discriminação da Procuradoria Geral do Estado”, disse a LaLiga em um comunicado.
O Real Madrid abriu uma investigação para identificar os autores.
A ministra da Migração da Espanha, Elma Saiz, condenou o incidente.
“Não permitiremos que agressões que não toleramos em outros espaços se tornem normalizadas no esporte”, disse ela em um comunicado.
A RFEF disse que estava aplicando uma política de tolerância zero ao abuso racista e à violência nos estádios, chamando-a de “flagelo social”.
A RFEF e a LaLiga tomaram medidas para combater o aumento de insultos racistas, incluindo fechamentos parciais de estádios.
Em outubro, a polícia espanhola prendeu quatro homens acusados de coordenar uma campanha de ódio online que pedia insultos raciais contra o atacante do Real Madrid Vinícius Júnior.
