Eduardo pede à Argentina asilo para foragidos

Congressista levou a evento de conservadores um cartaz com os rostos dos manifestantes condenados

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pediu na 4ª feira (4.dez.2024) que o governo da Argentina que conceda asilo aos “presos políticos” do 8 de janeiro de 2023. O congressista levou um cartaz com os rostos dos manifestantes condenados por atos anti-democráticos ao evento CPAC 2024, que reúne conservadores de direita no país sul-americano.

Em seu discurso, Eduardo Bolsonaro afirmou que o grupo causou “confusão” ao protestar em Brasília contra a vitória nas urnas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas que foi condenado a penas desproporcionais.

“Alguns pediram asilo aqui na Argentina e estão com medo de irem às entrevistas do Conare e serem presos novamente. Peço para que o governo da Argentina, se possível, conceda esse direito que todos os criminosos do mundo têm. Não são terroristas, só querem liberdade”, disse Eduardo.

O deputado exibiu uma imagem dos manifestantes detidos no 8 de janeiro, em Brasília, e disse que nunca viu tantas pessoas presas no país.

“Já vi cenas assim no Irã e em outros países. Mas nunca no Brasil 1.500 pessoas foram presas no mesmo dia”, afirmou. Ele também fez críticas o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, acusando-o de “destruir famílias” com as condenações.

8 DE JANEIRO

O STF (Supremo Tribunal Federal) já condenou 310 pessoas acusadas de envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro. O número foi divulgado pela PGR (Procuradoria-Geral da República), órgão responsável pela acusações, na 3ª feira (3.dez). As informações são da Agência Brasil.

De acordo com a procuradoria, 2 anos após os atos, 229 foram condenados como executores dos atos e 81 na condição de incitadores.

As condenações dos executores variam entre 15 anos e 17 anos de prisão, por crimes de associação criminosa armada, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.

No caso dos acusados de incitação aos atos, as condenações são de 1 ano de prisão, mas foram substituídas por prestação de serviços comunitários e a presença em um curso sobre democracia.

Os condenados também estão com o passaporte retido, porte de arma revogado e deverão pagar, solidariamente, o valor de R$ 5 milhões por danos morais coletivos.

O levantamento da PGR também mostra que 500 acusados assinaram acordo de não persecução penal e seus processos foram encerrados.

O acordo permite que os acusados que não participaram diretamente dos atos de depredação do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo possam confessar os crimes em troca de medidas diversas da prisão.

Fonte: Poder 360

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