Lula diz estar otimista com pacote de corte de gastos

Presidente afirma que pesquisa da Quaest em que 90% do mercado avaliou seu governo de forma negativa é importante para mostrar “de que lado eles estão”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 6ª feira (6.dez.2024) estar otimista com a situação do Brasil e mais otimista ainda com o pacote de revisão de gastos anunciado pelo governo em 27 de novembro. As medidas, no entanto, têm enfrentado dificuldades no Congresso e correm o risco de serem votadas apenas em 2025.

“Estou muito otimista com o que vai acontecer nesse país. E quero dizer que fiquei mais otimista com o lançamento do programa que anunciamos agora, desde a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil até a tentativa de moralizar os benefícios públicos, porque nem tudo é correto. Mas, sobretudo, de a gente cobrar renda das pessoas mais ricas”, disse o presidente em um discurso feito por videoconferência no seminário realizado pelo PT em Brasília intitulado “A realidade brasileira e os desafios do PT”.

Os deputados aprovaram na 4ª feira (4.dez.2024) a urgência (que acelera a análise) de 2 projetos do governo com propostas para cortar gastos, mas há resistências no Congresso para o avanço das propostas.

Partidos de centro, como o União Brasil, e até aliados como o PDT, são contrários a algumas das mudanças em benefícios como o BPC e a alteração no cálculo do salário mínimo. Outros partidos cobram a liberação de emendas de congressistas para que apoiem as medidas. O imbróglio travou a pauta da Câmara nesta semana.

Lula voltou a dizer que a avaliação negativa de agentes financeiros sobre o seu governo revela, na verdade, que 10% do setor passou a apoiá-lo já que, em 2022, durante a eleição presidencial, 100% do mercado financeiro era contrário a ele.

Pesquisa Quaest divulgada na 4ª feira (4.dez.2024) indicou que o governo do petista é avaliado de forma negativa por 90% dos agentes do mercado financeiro. O percentual é o mesmo registrado em março de 2023, o maior até então, e 26 pontos percentuais superior ao último levantamento, de março deste ano. Em contrapartida, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é avaliado de forma positiva por 41%.

“Pensaram que eu fiquei nervoso. Não. Fiquei feliz porque já ganhei 10% porque antes 100% era contra mim. E é muito importante que eles digam contra mim para a gente poder dizer de que lado eles estão, quem é o candidato deles, qual é a política social que eles querem, a política pública e econômica que eles querem”, disse.

Fonte: Poder 360

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