Autoridades dos Estados Unidos acusaram formalmente, nesta terça-feira 17, de assassinato o suspeito de atirar contra o CEO de uma provedora de planos de saúde em Nova York no início deste mês, incluída uma acusação de assassinato em segundo grau “como ato de terrorismo”.
Luigi Mangione “responde a uma acusação de assassinato em primeiro grau e duas acusações de assassinato em segundo grau, incluída uma acusação de assassinato em segundo grau como ato de terrorismo”, disse Alvin Bragg, promotor distrital de Manhattan.
Se for considerado culpado por um júri desse crime vinculado ao terrorismo, Mangione enfrenta uma pena máxima de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional, afirmou o promotor. Bragg disse que espera que o suspeito, que segue detido na Pensilvânia após sua prisão na semana passada, seja transferido em breve para Nova York para ser julgado.
Está previsto que Mangione compareça novamente na quinta-feira a um tribunal local para uma audiência que poderia acelerar essa transferência.
Os investigadores tentam determinar o que motivou este engenheiro, proveniente de uma família rica, a assassinar a tiros, em plena luz do dia, o CEO da UnitedHealthCare, fora de um hotel em Manhattan.
A polícia disse ter encontrado com o suspeito um manifesto de três páginas, escrito à mão, com críticas ao sistema de saúde dos Estados Unidos.
A morte do executivo causou choque e também gerou comentários raivosos nas redes sociais contra as empresas de seguros médicos, refletindo a insatisfação existente entre a população com o sistema de saúde do país, que é acusado de lucrar à custa dos pacientes.