Políticos do PL criticam a decisão de Moraes, classificando-a como ‘”desumana’” e uma ‘”demonstração de sadismo”
Deputados federais e senadores da oposição criticaram a revogação da liberdade condicional concedida ao ex-deputado federal Daniel Silveira (sem partido-RJ) nesta 3ª feira (24.dez.2024), véspera de Natal.
Silveira foi solto na 6ª feira (20.dez) pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. A liberdade condicional, porém, foi revogada por descumprir regras de recolhimento noturno a partir das 22h. Ele estava preso desde fevereiro de 2023 por declarações contra magistrados do STF. A defesa de Silveira alega que ele teve uma crise renal e precisou ser hospitalizado –por isso, não retornou para casa no período devido.
Além de ir ao hospital, os dados da tornozeleira eletrônica indicam que, em seguida, Silveira também passou em um condomínio de luxo no Rio. Na decisão, Moraes escreveu: “Não bastasse isso, a liberação do hospital –se é que realmente existiu a estadia– ocorreu às 0h34 do dia 22 de dezembro, sendo que a violação do horário estendeu-se até as 02h10”.
Segundo a defesa do ex-deputado, Silveira passou na casa de sua atual mulher. “Foi buscar a esposa em outro endereço, pois a mesma não se sente segura de forma alguma em permanecer no atual endereço, em razão da superexposição e insegurança, pois ela faria companhia no hospital”, declarou.
OPOSIÇÃO CRITICA
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se solidarizou nesta 3ª feira (24.dez) com o caso em seu perfil oficial no X (ex-Twitter). “O que Alexandre de Moraes faz contra você é desumano e indefensável para alguém que preze, de verdade, pela democracia. Tudo no tempo de Deus“, escreveu o senador.
O ex-congressista foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão em 2022 por declarações contra ministros do STF e recebeu liberdade condicional na 6ª feira (20.dez.2024).
A oposição, que comemorou a liberdade condicional dada a Silveira, criticou a decisão de Moraes no X, se referindo a ela como “demonstração de sadismo”, “crueldade” e “desumana”.
Leia as manifestações abaixo:
- Senador Carlos Portinho (PL-RJ)