Saldo atinge R$ 6 trilhões e cresce pelo 5º mês seguido; houve uma alta de 0,8% de crédito com recursos subsidiados
O saldo das operações de crédito no Brasil atingiu R$ 6 trilhões em junho de 2024. O resultado representa um crescimento de 1,2% em relação a maio.
Trata-se da 5ª alta consecutiva. Quando comparado a junho de 2023, houve um crescimento de 9,9%.
A alta em junho de 2024 teve influência da subida de 0,8% de empréstimos com crédito direcionado –que são subsidiados por governos ou estatais. O estoque atingiu R$ 2,5 trilhões.
O BC (Banco Central) divulgou o relatório das Estatísticas Monetárias e de Crédito nesta 6ª feira (26.jul.2024). Eis a íntegra do documento (PDF – 262 kB).
O crédito direcionado às pessoas jurídicas alcançou R$ 834,3 bilhões, o que representa um crescimento de 0,8% no mês e de 13% em 12 meses. Já o saldo para as pessoas físicas totalizou R$ 1,7 trilhão, com avanços de 0,7% no mês e de 13,7% na comparação com junho de 2023.
De acordo com a autoridade monetária, houve aumento de 2,2% no ritmo de expansão do crédito às empresas em junho ante maio. O estoque atingiu R$ 2,3 trilhões. Em relação às famílias, o crescimento foi de 0,6%, alcançando R$3,7 trilhões.
JUROS
A taxa média de juros saiu de 27,8% em maio para 27,6% ao ano em junho, o que representa um recuo de 0,2 ponto percentual no mês e de 3,8 p.p. na variação interanual.
Para as empresas, houve um crescimento de 0,4 p.p no mês, levando a taxa a 18,5% a.a. Em contrapartida, os juros caíram 0,4 p.p. para as famílias, ficando na média de 32% ao ano.
Os juros do rotativo atingiram 429,5% ao ano em junho, um avanço de 7,1 pontos percentuais ante maio.
Nas operações de crédito livre, a taxa média de juros ficou em 39,6% ao ano –recuo de 0,3 p.p. no mês e de 4,6 p.p. em 12 meses.
O spread bancário –diferença entre a taxa que os bancos pagam para obter recursos e os juros que são cobrados dos clientes– foi de 18,3 pontos percentuais em junho –uma queda de 0,6 p.p. no mês e de 3,4 p.p. em relação a junho de 2023.
A inadimplência atingiu 3,2% no mês passado, o que significa uma queda de 0,1 ponto percentual ante maio de 2024 e de 0,3 p.p em 12 meses.