Marinho chama responsabilidade fiscal de “pacto com o mercado”

Ministro do Trabalho e Emprego diz que o plano para equilibrar as contas públicas poderia ter sido feito “em um tempo maior”

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse nesta 3ª feira (30.jul.2024) que a promessa de responsabilidade fiscal do governo é um “pacto com o mercado”. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está comprometido com o equilíbrio das contas públicas. 

“Você tem um pacto com o mercado que foi feito –sem entrar no mérito se foi certo ou se foi errado–, mas o pacto foi feito. Tem que cumprir o pacto. Pactos foram feitos para serem cumpridos. Há um compromisso sempre do presidente Lula com a responsabilidade fiscal”, declarou a jornalistas ao comentar os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Marinho afirmou que as metas para o resultado primário foram feitas de forma “abrupta” e defendeu um prazo maior para o cumprimento dos objetivos. 

“Não é fazer coisa abrupta, porque tudo que é abrupto gera consequência. Então a responsabilidade fiscal poderia ser planejada para um tempo maior. Poderia ser em 10 anos, não em 4, quando faz em 4 tem que dar uma freada mais brusca. É o que está acontecendo, estamos dando uma freada brusca no orçamento porque tem um pacto com o mercado e é o que estamos fazendo”, disse Marinho.

Assista (2min10s):

A equipe econômica, encabeçada pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda), quer que os gastos em 2024 sejam iguais às despesas. Ou seja, espera-se um deficit zero. Na prática, é necessário cortar gastos e aumentar a arrecadação. O problema é que pouco foi feito para economizar dinheiro, só para elevar a receita.

Para atingir o objetivo, Haddad anunciou uma contenção de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024. Deve afetar os ministérios, inclusive o de Marinho.

Sobre a restrição nos gastos, o titular do Trabalho e Emprego disse ainda não saber do possível detalhamento. 

“Dependendo do corte, de repente não tenha nem energia para eu vir aqui falar com vocês [jornalistas] todo mês. Depende […] Quanto vai ser do Ministério do Trabalho e Emprego? Não sei.”

Fonte: Poder 360

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