Estatal registra prejuízo de R$ 2,6 bilhões no 2º trimestre de 2024, 1º resultado negativo desde o 3º trimestre de 2020
A Petrobras anunciou nesta 5ª feira (8.ago.2024) o pagamento de R$ 13,6 bilhões em dividendos ordinários e JCP (juros sobre o capital próprio) para 2024. Esse é o 1º anúncio de pagamento da gestão de Magda Chambriard, que assumiu a presidência da Petrobras em maio deste ano.
Segundo a estatal, os dividendos serão pagos em 2 parcelas nos meses de novembro e dezembro. No 1º trimestre, a empresa aprovou o pagamento de R$ 13,6 bilhões em dividendos.
A Petrobras reportou prejuízo de R$ 2,6 bilhões no 2º trimestre de 2024. A última vez que a estatal havia tido resultado negativo foi no 3º trimestre de 2020. Eis a íntegra do relatório desta 5ª feira (PDF – 1 MB).
De acordo com a Petrobras, o resultado foi provocado pela variação cambial do período e os impactos da adesão à transação tributária. O diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores da companhia, Fernando Melgarejo, declarou que os eventos não causam um “impacto relevante” no caixa da estatal.
“A Petrobras manteve uma forte geração de caixa no segundo trimestre de 2024, que permitiu realizar US$ 3 bilhões em investimentos, cumprir nossa política de remuneração aos acionistas e pagar dividendos. O resultado líquido do trimestre deve ser analisado à luz de eventos que impactaram o resultado contábil, mas sem impacto relevante no caixa da empresa”, disse.
Produção de petróleo maior
Como mostrou o Poder360, a produção total de petróleo e gás natural da Petrobras foi de 2,69 milhões de boe (barris de óleo equivalente) por dia no 2º trimestre de 2024, um crescimento de 2,4% na comparação com o mesmo período de 2023.
No entanto, a produção total de derivados da Petrobras no período caiu 3,5%, para 1,74 milhão de barris. O diesel e a gasolina responderam por 64% dos derivados produzidos. O fator de utilização das refinarias ficou em 91%, abaixo do registrado no 2º trimestre de 2023 (93%) e no 1º deste ano (92%).
As vendas de derivados do petróleo caíram 1,3% na comparação no 2º trimestre. A maior queda foi na comercialização de gasolina, de 9,7% na comparação ano a ano, reflexo do aumento nos preços e da perda de competitividade em relação ao etanol nas bombas.