Segundo a autarquia, as 3 empresas descumpriram a obrigação de prestar informações à comissão
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) informou nesta 6ª feira (16.ago.2024) que suspendeu o registro das empresas Coteminas, Springs Global e Auzza Securitizadora. Na prática, a medida impede que essas companhias tenham valores mobiliários que estejam admitidos à negociação em Bolsas ou balcão.
De acordo com a autarquia, houve descumprimento da obrigação de prestar informações à comissão.
“A área técnica alerta que, enquanto os registros estiverem suspensos, as companhias não podem ter os valores mobiliários, por elas emitidos, admitidos à negociação em mercados regulamentados, quais sejam: balcão organizado, bolsa ou balcão não organizado”, declara a CVM.
A Coteminas é uma empresa do setor têxtil que pertence ao empresário e atual presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Josué Gomes da Silva.
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Em 8 de maio, a Coteminas informou nesta 4ª feira (8.mai) que entrou com pedido de recuperação judicial. O requerimento foi aceito pela Justiça. Eis a íntegra do comunicado (PDF – 82 kB).
O pedido foi feito depois de uma notificação de cobrança antecipada de debêntures feita pelo fundo de investimento FIP Ordenes, que buscava parte das ações da marca Ammo sob alegação de dívida em papéis emitidos em 2022.
A ação abrange as empresas Ammo Varejo, Springs Global e Santanense, integrantes do grupo.
A Springs Global também está em recuperação judicial.
SOBRE A CVM
Criada em 7 de dezembro de 1976, a CVM é responsável por fiscalizar, estabelecer normas e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil. A autarquia é vinculada ao Ministério da Fazenda.