O presidente da instituição financeira, Luiz Lessa, e o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento Social) participam da solenidade
O presidente do Basa (Banco da Amazônia), Luiz Lessa, 56 anos, afirma que o programa Basa Acredita terá um aporte de R$ 1,0 bilhão. O programa substituirá o Amazônia Florescer.
A iniciativa será lançada na 2ª feira (19.ago.2024), em Belém (PA), e será voltada a pequenos empreendedores. Neste momento, ficará restrita ao 1º eixo do programa, voltado a pessoas inscritas no CadÚnico (Cadastro Único). Na prática, será destinada a famílias de baixa renda, informais, mulheres e produtores rurais que empreendem ou querem empreender.
“Estamos mudando o nome para Basa Acredita, com 2 objetivos: um é a fixação da marca do banco, e o outro, o alinhamento com o programa Acredita, do governo federal, para que a gente tenha aqui uma unicidade de propósito e uma unicidade de entendimento”, declara em entrevista ao Poder360.
Assista à íntegra (31min8s):
O ministro do MDS (Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), Wellington Dias (PT), participará da solenidade. Lessa diz que o objetivo é fazer o dinheiro do governo federal chegar “na ponta”.
Declara ainda que busca “acelerar ainda mais a distribuição de renda da região” Norte, maior foco de atuação do banco. “[O Basa Acredita] passa a ser o carro-chefe do Banco da Amazônia para a concessão de crédito do microcrédito”, acrescenta.
O FNO (Fundo Constitucional de Financiamento do Norte), voltado ao desenvolvimento da região Norte, tem a administração do Banco da Amazônia. Os valores reservados para linhas de crédito é de R$ 13,3 bilhões em 2024. Trata-se da maior fonte de recursos da instituição financeira.
Lessa assumiu a presidência do Banco da Amazônia em 12 de junho de 2023. A instituição tem R$ 1,3 bilhão à disposição para o microcrédito destinado a pequenos empreendedores. Para o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), também há R$ 1,3 bilhão.
Balanço financeiro
O Basa registrou lucro líquido de R$ 332,4 milhões no 2º trimestre de 2024. Trata-se de uma alta de 19,1% em comparação com o mesmo período em 2023, quando os ganhos atingiram R$ 279,2 milhões.
A alta no 2º trimestre deste ano foi de 60,7% em relação ao 1º trimestre de 2024. “Esse crescimento vem basicamente do crescimento da nossa carteira de crédito, de uma melhor gestão da eficiência operacional e do controle da inadimplência”, declara Lessa.
A instituição divulgou na 4ª feira (14.ago.2024) o balanço financeiro consolidado. Eis a íntegra do documento (PDF – 2 MB).
Segundo o executivo, no final do ano passado, foi concluído um “trabalho de planejamento estratégico e definição de implementação em 4 semestres para levar o banco a um outro patamar de competitividade”.
No 1º semestre de 2024, o lucro líquido foi de R$ 539,1 milhões. Representa uma queda de 4,7% na comparação com os 6 primeiros meses de 2023 –lucro de R$ 565,9 milhões.
A inadimplência acima de 90 dias atingiu 2,48% no 1º semestre de 2024. Houve um crescimento em relação ao mesmo período de 2023, quando a taxa era de 1,87%.
Eis outros pontos da entrevista:
- expansão – “Nós terminamos o ano passado com cerca de 34 unidades de microcrédito. Nós estamos fechando agora, em setembro, 70 unidades de microcrédito. E essas unidades vão dar o suporte ao programa Acredita”;
- parceria com a Caixa – “Assinamos o contrato, na realidade, há duas semanas, e agora estamos nas finalizações da parte tecnológica. A nossa expectativa é de que, já em setembro, a gente já tenha as primeiras possibilidades de atendimento pela rede de lotéricas”;
- recursos no Norte – “No 1º semestre deste ano, nós alocamos na região cerca de R$ 9 bilhões em créditos novos. Esses R$ 9 bilhões significaram um crescimento de 42% sobre o que foi alocado no 1º semestre de 2023”;
- COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas) – “Olhamos a COP30 num aspecto bem macro e procuramos nos encaixar dentro desse aspecto para podermos apoiar projetos que deixem um legado de desenvolvimento para a região […] E esse legado se traduz em melhor estrutura de saneamento, que envolve diretamente saúde pública e uma melhor infraestrutura de logística”.
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