Transações correntes tiveram o maior saldo negativo para o mês desde 2022, segundo o Banco Central
As transações correntes das contas externas do Brasil tiveram deficit de US$ 5,2 bilhões em julho, o maior saldo negativo para o mês desde 2022. O BC (Banco Central) divulgou os dados nesta 2ª feira (26.ago.2042). Eis a íntegra do relatório (PDF – 317 kB).
Os dados constam no relatório de estatística do setor externo da autoridade monetária, que calcula mensalmente as transações correntes do Brasil. Considera o saldo da balança comercial (exportações e importações) e os serviços adquiridos por brasileiros no exterior pela renda –como remessa de juros, lucros e dividendos para outros países.
O deficit nas contas externas subiu 45,1% em julho de 2024 ante o mesmo mês de 2023. Em números absolutos, aumentou US$ 1,6 bilhão no período.
O deficit na conta de serviços aumentou US$ 1,6 bilhão. A balança comercial (exportações menos importações) teve superavit de US$ 7,6 bilhões. O valor foi US$ 516 milhões menor que o registrado em julho de 2023.
As transações correntes tiveram deficit de US$ 34,8 bilhões no acumulado de 12 meses até julho. Corresponde a 1,56% do PIB (Produto Interno Bruto). Havia sido de US$ 33,2 bilhões em 12 meses até junho e de US$ 37,7 bilhões até julho de 2023.
INVESTIMENTO DIRETO
O deficit nas contas externas foi compensado pelo IDP (Investimento Direto no País). O Banco Central registrou a entrada líquida de US$ 7,3 bilhões em julho de 2024. O valor subiu 2,2% em comparação com julho de 2023. Também foi o maior já registrado para o mês desde 2021.
Segundo o Banco Central, a entrada líquida em participação no capital somou US$ 6,4 bilhões, sendo US$ 2,8 bilhões em participação no capital exceto lucros reinvestidos e US$ 3,7 bilhões em lucros reinvestidos. As operações intercompanhia totalizaram US$ 826 milhões.
No acumulado de 12 meses, o IDP atingiu US$ 71,8 bilhões, ou 3,23% do PIB. Havia sido de US$ 71,6 bilhões em junho e US$ 66,9 bilhões em julho de 2023.
