Petista diz que não irá interferir na eleição da Câmara e líder do União Brasil espera oficialização ainda nesta semana
O deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil-BA) espera receber o apoio oficial do atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nesta semana para sucedê-lo no comando da Casa Baixa. A expectativa aumentou depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizar aos líderes partidários na 2ª feira (26.ago.2024) que não vai opinar na eleição legislativa.
Segundo apurou o Poder360, a declaração de Lula surpreendeu os líderes presentes, inclusive do próprio governo. Elmar afirmou ao presidente que ouvia há 2 anos que seu nome seria vetado e agradeceu o posicionamento. O petista teria mencionado que não repetiria os mesmos erros do passado, em referência à derrota do candidato apoiado pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2015, o petista Arlindo Chinaglia (SP).
A decisão de Lula abre caminho para Lira apoiar oficialmente Elmar sem o receio de uma represália dos governistas. O anúncio da escolha do atual presidente deve se dar desta 3ª feira (27.ago.2024) a 5ª feira (29.ago), segundo apurou este jornal digital.
O outro pré-candidato à sucessão de Lira na presidência na Câmara, Antonio Brito (PSD-BA), por outro lado, deixou claro na reunião com Lula que respeitará a escolha do presidente da Câmara, mas que não vai desistir da campanha e que a decisão final será dos congressistas.
Há a expectativa de que Brito e o presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), se reúnam depois do anúncio de Lira para articular avançar juntos em uma chapa conjunta. Mas, até o momento, nenhum dos 2 abre mão de ser o próximo presidente.
O escolhido pelo atual presidente da Casa Baixa deve ter o apoio do PL, (Partido Liberal), que tem a maior bancada. O presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, tem sondado os deputados sobre o apoio ao nome de Elmar.
Tanto o líder do União Brasil quanto Brito, líder do PSD, têm apreço dos congressistas do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os 2 pré-candidatos estudam oferecer a 1ª vice-presidência da mesa-diretora a um deputado da legenda, em troca de apoio.