O técnico português Artur Jorge foi enfático ao criticar o que considerou como “simulações” dos jogadores do Cuiabá no empate em 0 a 0, no último sábado (9/11). Ele ainda revelou que ficou “chateado com Bastos” quando ele devolveu a bola pro Dourado, para que um jogador da equipe adversária fosse atendido.
Artur Jorge não estava nada satisfeito após o tropeço do Botafogo diante do vice-lanterna do Campeonato Brasileiro. Em uma partida em que o Glorioso construiu muitas jogadas mas desperdiçou na mesma proporção, o treinador botafoguense se irritou com o anti-jogo do time mato-grossense e também com o zagueiro Bastos.
“Eu não gosto. Estou aqui para ganhar jogos, não estou aqui para ter uma equipe simpática, que quer fazer amigos do outro lado. Não fiquei satisfeito por devolver a bola, quando claramente aquela foi uma parada técnica, com jogador no chão para que recebessem instruções. Não gostei, fiquei chateado com o Bastos, disse no intervalo exatamente isso, tudo serve para arranjar uma maneira de quebrar o ritmo de jogo. Sabendo que somos uma equipe rápida, com dinâmicas intensas, do outro lado vamos pegar algumas equipes dessa forma. Não gosto que possamos ser também cúmplices de estratégias que o adversário possa ter. Não julgo, nem tenho que me pronunciar sobre isso. Sobre mim, temos que fazer um jogo para conseguir o resultado que queremos. Se tivemos alguns momentos em que fomos cúmplices da estratégia que o adversário trouxe de quebrar o ritmo de jogo, estivemos mal”, disse.
Com o resultado, o Botafogo chegou aos 68 pontos, mas viu o vice-líder Palmeiras diminuir a vantagem carioca para 4 pontos, após vencer o Grêmio por 1 a 0, com gol de Estêvão.
O treinador ainda desabafou sobre os lances que o incomodaram durante a partida.
“Também permitimos muito, todas as vezes esperar para dar um cartão aos 60′, ao goleiro que sempre esteve atrasando jogo, jogadores constantemente no chão… Simularam lesões, qualquer encosto simularam como se estivessem sido atingidos na cara, acho um mal profissionalismo quando é assim, é um comportamento que não favorece o espetáculo. Não é esse o futebol que eu defendo”, finalizou.