Ações da Azul despencam após anúncio de renegociação da dívida

Avião da companhia aérea Azul

Em fato relevante, companhia não menciona a possiblidade de pedir recuperação judicial

A Azul Linhas Aéreas informou nesta 5ª feira (29.ago.2024) que está renegociando suas dívidas com credores depois do prejuízo de R$ 3,8 bilhões registrado no 2º trimestre. Em fato relevante, a companhia aérea declarou que uma reportagem da Bloomberg que diz que a empresa cogita pedir recuperação judicial para preservar seus ativos foi “mal-interpretada”. Leia a íntegra do fato relevante (PDF – 111 kB).

Segundo o documento, a Azul desenvolveu um novo plano estratégico para otimizar sua estrutura de capital e sua liquidez, mas para isso é necessário uma negociação com os credores para dar mais flexibilidade às contas. A companhia aérea disse que, em linhas gerais, os credores estão demonstrando apoio ao novo plano estratégico. Até às 16h30 desta 5ª (29.ago), as ações da Azul despencaram mais de 24%. A dívida líquida da empresa é de R$ 24 bilhões.

“A companhia está em negociações ativas com seus principais stakeholders para otimizar a estrutura de equity acordada no plano de otimização de capital do ano passado. Em linhas gerais, os stakeholders estão demonstrando apoio e as negociações estão avançando na direção de melhores resultados para todas as partes”, diz o documento.

A Azul também fez uma lista dos fatores que pressionaram os resultados de 2024. Leia abaixo:

  • a desvalorização do real brasileiro;
  • a redução da capacidade doméstica como resultado das enchentes no Rio Grande do Sul em maio e o fechamento do Aeroporto de Porto Alegre, com reabertura parcial prevista para outubro de 2024;
  • a redução temporária da capacidade internacional no 1º semestre do ano;
  • os atrasos nas entregas de novas aeronaves pelos fabricantes.

Como forma de demonstrar solidez, a Azul informou que segue em negociações com a GOL para uma fusão entre as empresas. Também citou a aprovação do projeto de lei que contém a flexibilização do Fnac (Fundo Nacional de Aviação Civil) para as companhias aéreas do país. Como mostrou o Poder360, as empresas devem começar a realizar operações com os recursos do fundo só em janeiro do ano que vem.

Fonte: Poder 360

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