Arqueólogos da antiga cidade romana de Pompeia descobriram os restos mortais de mais duas vítimas da erupção vulcânica de quase 2.000 anos atrás, disse o sítio arqueológico nesta segunda-feira.
Os esqueletos de um homem e uma mulher foram encontrados em um quarto pequeno e improvisado em uma vila que estava sendo reestruturada quando houve a erupção, segundo um comunicado do sítio arqueológico de Pompeia.
A mulher estava deitada na cama com moedas de ouro, prata e bronze ao seu redor, além de joias que incluem brincos de ouro e pérolas. O homem estava deitado no pé da cama.
A outrora próspera cidade de Pompeia, perto de Nápoles, e a área rural ao seu redor foram submersas por cinzas vulcânicas com a erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C.
A erupção matou milhares de romanos que não sabiam que estavam vivendo debaixo de um dos maiores vulcões da Europa, que enterrou a cidade com uma espessa camada de cinzas, preservando boa parte de seus moradores e prédios.
As últimas vítimas descobertas escolheram o pequeno quarto como refúgio, esperando o fim da chuva de fragmentos de rocha que haviam bloqueado a porta e as impedido de fugir.
Elas acabaram enterradas sob o fluxo de lava e outros materiais ferventes do vulcão, disse o comunicado.
“A oportunidade de analisar os valiosos dados antropológicos sobre as duas vítimas (…) nos permite recuperar uma quantidade considerável de dados sobre a vida cotidiana dos antigos pompeianos”, disse o diretor do local, Gabriel Zuchtriegel.
Redescoberta apenas no século 16, a antiga Pompeia tem sido alvo, nos últimos anos, de uma explosão de atividades arqueológicas com o objetivo de interromper décadas de decadência e negligência.