Pesquisa do IFec RJ mostra que gastos anuais com jogos online na região metropolitana equivalem a 2 Natais e meio
Os gastos anuais com apostas online na região metropolitana do Rio de Janeiro atingem R$ 2 bilhões. Este valor é comparável às vendas de 2 Natais e meio no comércio, o que ressalta o impacto econômico significativo do setor de apostas. A análise foi feita pelo IFec RJ (Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises) entre 18 e 20 de setembro de 2024.
A pesquisa, realizada entre 18 e 20 de setembro de 2024, entrevistou 1.076 pessoas. Identificou que aproximadamente 24,8% dos entrevistados já participaram de apostas online.
Além disso, segundo 67,4%, a principal motivação é a possibilidade de ganhar dinheiro rapidamente. Já 23,3% jogam por diversão.
Em relação ao perfil dos apostadores, ele é majoritariamente masculino (58,1%), com idade concentrada entre 25 e 34 anos (38,7%). Além disso, 56% possuem renda mensal de até dois salários mínimos e 75,5% têm o ensino médio completo.
Por fim, a Fecomércio RJ, responsável pelo estudo por meio do IFec RJ, representa mais de 286 mil estabelecimentos no estado do Rio de Janeiro. Esses estabelecimentos geram mais de 1,8 milhão de empregos formais.
Comércio foi ao STF contra bets
Na 3ª feira (24.set), a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) recorreu ao STF para contestar a lei nº 14.790 de 2023, que regulamentou as apostas esportivas no Brasil. A entidade busca tornar a lei inconstitucional por meio de uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade).
A confederação argumenta que as apostas causam efeitos negativos no comércio e na sociedade. Também citou o aumento da inadimplência e a redução do consumo de bens essenciais. A CNC também pediu a suspensão imediata da lei enquanto a ação não é julgada.
O Ministério da Fazenda recebeu, até agosto, 113 pedidos de autorização de casas de apostas. As bets tiveram até 20 de agosto para protocolar o pedido para funcionar a partir de 1º de janeiro de 2025.
Sites que não pediram autorização para funcionar começaram a ser retirados do ar em 17 de setembro. A fazenda estima receita de R$ 3,4 bilhões já em 2024 com a regulação do setor.