O Federal Reserve, Banco Central dos Estados Unidos, reduziu o ritmo e decidiu nesta quinta-feira 7 cortar os juros em 0,25 ponto. A redução é menor do que o que foi realizado em setembro, quando foi de 0,50 ponto percentual.
Em comunicado divulgado nesta quinta-feira 7, o comitê do Fed justificou o corte afirmando que indicadores recentes sugerem que a atividade econômica continuou a expandir em ritmo sólido.
Reforçando que, apesar de a inflação norte-americana ter caminhado para a meta de 2%, continua em patamares elevados. Esta é a segunda redução consecutiva na taxa de juros. Na última reunião, o Fed fez o primeiro corte em quatro anos.
A decisão do comitê do Fed de diminuir os juros para 4,50% a 4,75% foi unânime, mas os economistas alertaram que o órgão monitorará a perspectiva econômica. “O Comitê estaria preparado para ajustar a postura da política monetária conforme apropriado se surgirem riscos que possam impedir a obtenção das metas”, disse o comunicado.
Essa é a primeira reunião do Fed desde que Donald Trump derrotou Kamala Harris e conquistou a presidência dos EUA. Em uma coletiva de imprensa que se seguiu ao anúncio, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que o resultado do pleito não terá “efeito de curto prazo” na política monetária do banco central americano.
“No curto prazo, as eleições não terão nenhum efeito em nossas decisões”, assegurou Powell. “Não sabemos qual é o calendário e o tipo de reformas que virão e, portanto, não sabemos quais podem ser os efeitos para a economia. Não adivinhamos, não especulamos, não fazemos suposições”, concluiu.
O presidente do Fed, que assumiu o cargo em 2018 e foi reconduzido ao posto em 2022, disse que não vai renunciar antes do fim de seu mandato, em 2026, mesmo que o presidente eleito, o republicano Donald Trump, lhe pedisse. Powell acrescentou que demitir qualquer um dos sete governadores do Fed “não é permitido por lei”.