BC testará Drex com transações de créditos e de automóveis

Temas abordados na 2ª fase de testes do real digital foram divulgados pelo Banco Central e pela CVM

O Banco Central divulgou nesta 4ª feira (4.ago.2024) quais atividades foram selecionadas para a 2ª fase de testes do Drex, o real digital. Os temas incluem transações com créditos, com automóveis e financiamentos de operações de comércio internacional. 

Serão 11 categorias sob a tutela do Banco Central e duas da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Todos estão na 2ª etapa de testes da moeda, que aborda a implementação de serviços financeiros.

Leia abaixo quais são as atividades anunciadas e quais empresas farão consórcio para o teste:

  • cessão de recebíveis – bancos ABC e Inter;
  • crédito colateralizado em CDB – Banco do Brasil, Bradesco e Itaú;
  • crédito colateralizado em títulos públicos – Associação Brasileira de Bancos, ABC e Mercado Bitcoin;
  • financiamento de operações de comércio internacional – Inter;
  • otimização do mercado de câmbio – XP-Visa e Nubank;
  • piscina de liquidez para negociação de títulos públicos – ABC, Inter e MB;
  • transações com cédulas de crédito bancário – Associação Brasileira de Bancos;
  • transações com ativos do agronegócio (CVM) – TecBan, MB e XP-Visa
  • transações com ativos em redes públicas – Mercado Bitcoin;
  • transações com automóveis – B3, BV e Santander;
  • transações com créditos e descarbonização – Cbio e Santander;
  • transações com debêntures (CVM) – B3, BTG e Santander;
  • transações com imóveis – Banco do Brasil, Caixa e SFCoop.

O desenvolvimento das atividades deve começar “nas próximas semanas”, diz um comunicado. O Banco Central afirma que serão discutidos temas como estratégia, governança e interação das soluções. Eis a íntegra do anúncio (PDF – 50 kB). 

Os 13 temas selecionados foram escolhidos a partir de um processo com 42 propostas apresentadas. Novas chamadas de candidaturas de entidades ainda serão realizadas ao longo do 3º trimestre de 2024. Os selecionados devem fazer os testes até o fim do 1º semestre de 2025.

2ª FASE DO DREX

O processo envolve o estudo de casos por instituições financeiras e está marcado para se encerrar no início de 2025, quando o BC pretende abrir uma nova chamada para os bancos não participantes iniciarem os testes. Essa etapa, que deve ser a última antes do funcionamento oficial da moeda no mercado, terminará próxima ao meio do ano. 

O Drex não substituirá o Pix ou a moeda física. Será uma moeda de negociação para serviços financeiros, como a compra e venda de títulos públicos, empréstimos e investimentos. A ideia é que ele facilite o acesso a esses serviços tanto para as instituições, via smart contract, quanto à população.

Em uma transação de compra e venda de automóveis entre clientes de diferentes bancos, o banco A e o banco B vão negociar a transação do dinheiro a partir do contrato inteligente.

Leia os passos do processo: 

  1. antes do início da operação, o banco do vendedor emite um contrato de DVP (Delivery Versus Payment) que assegura que o automóvel será entregue somente após o pagamento ser confirmado e cobra uma taxa;
  2. o banco do vendedor pega o token que representa o automóvel, emite um smart contract;
  3. negocia a busca do dinheiro do comprador no banco parceiro e emite outro smart contract; e
  4. vai no BC, troca pelo Drex e emite na carteira do vendedor.

Leia mais sobre o Drex:

Fonte: Poder 360

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