O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, parabenizou Donald Trump pela vitória na eleição e o convidou a ir à Casa Branca, informou o governo nesta quarta-feira 6.
Biden fará um discurso à nação na quinta-feira para tratar do resultado eleitoral e se manifestar sobre o período de transição, acrescentou a Presidência.
Segundo o porta-voz do presidente eleito, Trump e a candidata derrotada Kamala Harris conversaram por telefone nesta quarta e concordaram sobre a importância de unir o país.
“O presidente Trump reconheceu à vice-presidente Harris sua determinação, seu profissionalismo e sua perseverança ao longo da campanha”, afirmou Steven Cheung.
Um assessor de Kamala informou à agência AFP, por sua vez, que a democrata enfatizou no telefonema a importância de uma transição pacífica e de ele ser um presidente para todos os americanos.
Com a contagem pendente em quatro estados, Trump soma 292 votos no colégio eleitoral, contra 224 de Kamala. Eram necessários pelo menos 270 delegados para assegurar a vitória.
A exemplo do que ocorreu em 2016, sua vitória foi rápida. Trump triunfou logo em dois dos sete estados-pêndulo, Geórgia e Carolina do Norte, seguidos pela Pensilvânia. Wisconsin encerrou a disputa e acabou com as esperanças de Kamala. Horas mais tarde, também veio à tona o sucesso do magnata em Michigan.
De acordo com uma pesquisa de boca de urna da NBC News, latinos e afro-americanos contribuíram com o resultado votando mais no republicano do que há quatro anos.
Trump conseguiu o apoio de 45% dos eleitores latinos, contra 53% de Harris. Em 2020,na disputa com Biden, a divisão foi de 32% e 65%.
“Fizemos história”, proclamou Trump, de 78 anos, aos seus apoiadores em West Palm Beach, na Flórida. “Vamos ajudar nosso país a se curar.”
Muitos países, incluindo aliados, estão apreensivos com o que o republicano pode fazer. Trump, contudo, já recebeu felicitações, começando por China, França e Israel. A Rússia afirmou que pretende julgar o novo governo por suas ações.
Há poucos detalhes sobre os futuros integrantes da nova gestão, com duas exceções.
Trump considera atribuir um cargo na administração ao homem mais rico do mundo, Elon Musk, peça importante de sua campanha, e outro a Robert F. Kennedy Jr., herdeiro do clã político mais famoso dos Estados Unidos e ativista antivacina, possivelmente na área de saúde.
(Com informações da AFP)