O braço armado do movimento islamista palestino Hamas afirmou, nesta segunda-feira 7, que travará uma “longa batalha de desgaste” contra Israel, um ano após o ataque mortal de 7 de outubro contra o território israelense.
“A nossa escolha é continuar o confronto em uma longa, dolorosa e custosa batalha de desgaste para o inimigo”, disse o porta-voz das brigadas Ezedin al Qassam, Abu Obeida, em um vídeo transmitido pela emissora Al Jazeera, do Catar.
Ele afirmou que o ataque lançado há um ano pelo movimento islamista palestino contra Israel foi “preventivo”, destinado a frustrar um plano israelense que, segundo ele, incluía “um grande ataque contra a resistência em Gaza” e cuja preparação tinha chegado às “etapas finais”.
Destacou também os riscos para os 97 reféns que ainda estão em Gaza, 34 dos quais foram declarados mortos pelo Exército israelense, das 251 pessoas sequestradas naquele dia.
O ataque deixou 1.206 mortos, incluindo os reféns que morreram em cativeiro.
“Estamos dizendo (aos israelenses) que eles poderiam ter recuperado todos os seus reféns vivos há um ano se isso tivesse servido às ambições do (primeiro-ministro israelense) Benjamin Netanyahu“, disse Abu Obeida.
Mas “após a morte de inúmeros reféns inimigos (…) por causa do seu exército e do seu governo, a situação psicológica e de saúde dos reféns restantes tornou-se muito difícil e os riscos para eles aumentam dia após dia”, afirmou.
A retaliação israelense deixou pelo menos 41.909 mortos na Faixa de Gaza em um ano, segundo dados do Ministério da Saúde da região, controlado pelo Hamas.
O braço armado do movimento afirmou que continuará lutando contra o Exército israelense, “esgotando as suas capacidades de segurança e defesa, perturbando o seu equilíbrio e infligindo grandes perdas econômicas e militares”.
A ala militar do Hamas assumiu a responsabilidade pelo lançamento de uma salva de foguetes contra Tel Aviv nesta segunda-feira.