BTG estuda comprar operação do Julius Baer no Brasil

BTG Pactual

Segundo a “Bloomberg”, a operação pode chegar a R$ 1 bilhão e envolvidos planejam fechar o negócio ainda em janeiro

O Banco BTG Pacutal SA está negociando um acordo de compra da unidade brasileira do Julius Baer Group LTD por R$ 1 bilhão, assim como R$ 70 bilhões am ativos sob gestão e custódia. As informações foram publicadas na 2ª feira (6.jan.2025) pela Bloomberg.

Segundo disseram pessoas familiarizadas com as negociações, em condição de anonimato, o objetivo é chegar ao acordo ainda em janeiro. As conversas, no entanto, estão em andamento e o negócio pode fracassar. Outros bancos demonstraram interesse em realizar a compra, como o Banco Santander, Banco Safra SA, Brasil SA e XP Inc.

Um escritório do grupo Julius Baer foi aberto no Brasil em 2005. Posteriormente, foram comprados 2 dos maiores family offices brasileiros (empresas privadas que cuidam da gestão de investimentos e patrimônios de uma família): GPS e Reliance. As empresas foram fundidas em fevereiro de 2020, o que criou uma organização que atualmente conta com cerca de 300 trabalhadores.

O BTG tem um negócio multifamily office com mais de R$ 40 bilhões em ativos sob gestão. A compra da unidade brasileira do Julius Baer poderia ser combinada com esse negócio, segundo as fontes próximas às negociações.

Em novembro do ano passado, o Julius Baer contratou o Goldman Sachs Group Inc. para buscar compradores para a operação, o que poderia ajudar o banco a se recuperar depois de alguns contratempos enfrentados pelo grupo. A empresa teve dificuldades para recuperar a confiança dos investidores após a exposição da decadência do império imobiliário do magnata austríaco Rene Benko, o que fez com que as ações do grupo despencassem.

As ações, porém, estão se recuperando e subiram 24% nos últimos 12 meses, em comparação com um aumento de 4,5% do Índice de Mercado Suíço. Em setembro, a empresa chegou a vender 500 milhões de euros em novas dívidas, em seu 1º título em euros vendido a investidores internacionais desde que o ex-CEO Philipp Rickenbacher deixou o banco.

Fonte: Poder 360

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