“Mais uma fake news”, disse o senador Sergio Moro; deputada Rosangela afirmou que o presidente “mente” ao dizer que não teve esse direito ao ser julgado
O senador Sergio Moro (União-PR) e a deputada federal Rosangela Moro (União Brasil-SP) rebateram neste domingo (15.dez.2024) a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre não ter tido direito à presunção de inocência. O chefe do Executivo falou sobre o tema ao comentar a prisão do ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto (PL).
O casal disse que o petista nunca foi preso preventivamente. Rosangela afirma que Lula “mente” ao dizer isso. Eis a mensagem da congressista:
Sergio Moro foi juiz da 13ª Vara de Curitiba (PR), responsável por condenar Lula a 9 anos e 6 meses em 2017 pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na operação Lava Jato. O senador disse que a fala de Lula é “mais uma fake news” do petista.
Lula foi condenado por corrupção na Lava-Jato pela Justiça Federal em Curitiba. A sentença foi mantida em instâncias superiores. Ele permaneceu preso de 7 de abril de 2018 a 8 de novembro de 2019. Em 2021, o STF (Supremo Tribunal Federal) anulou a condenação por considerar que não poderia ter sido julgada em Curitiba.
O QUE DISSE LULA
Neste domingo (15.dez), em fala no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo (SP), Lula falou sobre o general Braga Netto e sobre a prisão do ex-ministro da Defesa.
“O que aconteceu essa semana com a decretação da prisão do general Braga, eu vou mostrar para vocês que eu tenho mais paciência e sou democrático. Eu acho que ele tem todo o direito à presunção de inocência”, disse.
O presidente disse que sua avaliação sobre Braga Netto contrasta com o seu caso. “O que eu não tive, eu quero que eles tenham. Todo o direito, todo o respeito, para que a lei seja cumprida”, afirmou.
Lula afirmou que, se for demonstrado que militares planejaram um golpe de Estado em 2022, “eles terão que ser punidos severamente”.
LULA TEM ALTA
Lula foi hospitalizado na 2ª feira (9.dez) e passou por cirurgia. Ele teve um sangramento cerebral. Houve risco de morte. O presidente fez o pronunciamento neste domingo no hospital ao interromper entrevista dos médicos que o trataram. Ele recebeu alta hospitalar e descansa em sua residência em São Paulo. Inicialmente ele falou da situação de saúde. Depois falou sobre o país, as acusações a militares e o governo.