Detentora da maior bancada da Casa Alta, sigla embarca com senador do União Brasil na disputa pelo comando do Congresso; Eliziane Gama retira candidatura
O PSD oficializou nesta 3ª feira (12.nov.2024) seu apoio ao candidato Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) na disputa pela presidência do Senado. Já Eliziane Gama (PSD-MA) retirou sua candidatura. O partido detém a maior bancada da Casa, com 15 congressistas.
O anúncio foi feito pelo líder interino da bancada, Omar Aziz (PSD-AM). “A senadora Eliziane, pela unidade do partido, abriu mão da candidatura dela, e o partido vai apoiar o senador Davi Alcolumbre a presidente do Senado”, disse Omar.
O senador afirmou que procurará Alcolumbre ainda nesta 3ª feira (12.nov) para discutir cargos na Mesa Diretora da Casa e nas comissões. Segundo ele, o PSD pleiteará a 1ª Secretaria da Mesa, que ficaria com Daniella Ribeiro (PSD-PB), irmã do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
“Fizemos questão que uma mulher seja a 1ª secretária, que é essa senhora aqui do meu lado [Daniella] […] Temos esse compromisso, porque temos a maior bancada feminina do Senado”, disse Omar.
O partido também pedirá o comando da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a comissão mais importante do Senado. O posto ficaria com Otto Alencar (PSD-BA).
Na prática, PSD e Alcolumbre inverteriam posições: a legenda deixa o comando do Congresso com Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para ocupar a presidência da principal comissão da Casa, atualmente presidida pelo próprio Alcolumbre.
Com a nova adesão, Alcolumbre reúne 7 partidos ao seu redor –no total, 59 senadores. No entanto, como o voto é secreto e individual, o apoio não assegura a adesão automática dos integrantes. Para se eleger em 1º turno, o candidato precisa da maioria absoluta de 41 dos 81 senadores.
Além do PSD, já apoiaram o amapaense PT, PL, PP, PDT e PSB. O União Brasil, partido de Alcolumbre, ainda não oficializou seu endosso, mas deve fazê-lo em breve.
O Republicanos, com 4 senadores, também já sinalizou a tendência de ir com o senador.
A DISPUTA
As eleições para a presidência do Senado serão realizadas em fevereiro de 2025. Alcolumbre já ocupou o posto de 2019 a 2021 e é tido como favorito na corrida pelo comando do Senado.
O senador conta com o apoio de grande parte da oposição e do centro. É aliado do atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e atualmente preside a CCJ.
