Foto: Divulgação/SES
Com mais de 1.700 inscritos, o III Congresso do Cepon encerrou dois dias de programação científica voltada para o cuidado integral do paciente com câncer. Realizado no CentroSul, em Florianópolis, o evento contou com mais de 150 mesas redondas, painéis e apresentação de trabalhos que trouxeram avanços e atualizações na área.
“É muito importante um congresso como este para difundir os conhecimentos na parte de pesquisa e ensino que esse importante centro oncológico tem para contribuir com toda a Santa Catarina. No Cepon, nós temos diversas residências médicas, e esse conhecimento vai contribuir para o melhor tratamento do nosso paciente oncológico”, destacou o secretário adjunto da Saúde, Roberto Henrique Benedetti, durante a cerimônia de abertura. Médico anestesiologista, ele também participou como mediador no Módulo Dor Oncológica durante o Congresso neste sábado.
O Cepon é referência no tratamento oncológico em Santa Catarina, aliado à pesquisa e ao ensino. O evento destacou as mais recentes inovações no tratamento oncológico, proporcionando uma oportunidade para a atualização e integração de profissionais da área.
O Congresso contou com palestras e mesas-redondas sobre diversos temas relacionados a Oncologia, Cardiologia, Radioterapia, Hematologia, Oncologia Torácica, Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia, entre outros. Também houve a apresentação de 106 trabalhos aprovados, sendo 27 orais e 79 pôsteres, além de café com especialistas e simpósios satélites.
O diretor-geral do Cepon, Marcelo Zanchet, destacou os diversos avanços da unidade no último ano, com inauguração de novo bunker de radioterapia e terceiro acelerador linear, além do crescimento no número de atendimentos a pacientes. Durante seu discurso, na abertura, ele reforçou o lado humano do tratamento.
“O câncer é uma doença que ensina sobre o tempo, as prioridades e a vida. Essa frase reflete profundamente o que vivemos diariamente, tanto no papel de cuidadores quanto de pacientes”, afirmou o diretor. Ele enfrentou recentemente um tratamento contra a doença, experiência que classificou como transformadora. “É impossível não homenagear os verdadeiros heróis desta jornada: os pacientes. Cada um deles, que diariamente enfrentam essa batalha com uma força indescritível, nos inspiram a sermos melhores, mais humanos e mais dedicados em nosso trabalho”, complementou.
O presidente da Fahece, Alvin Laemmel, organização social que faz a gestão do Cepon junto à Secretaria de Estado da Saúde, relembrou a trajetória de 50 anos do hospital oncológico, que serão completados em outubro deste ano. “Durante as cinco décadas do Cepon, a Fahece esteve ao seu lado por 30 anos. Quero lembrar o meu inesquecível professor, o doutor Alfredo Daura Jorge, um visionário que empresta seu nome ao complexo. E celebrar que o hospital chegue a esta marca com grande credibilidade, fortalecida pelo investimento em pesquisa e, ato contínuo, o conhecimento científico”, disse durante a abertura.
Cinco décadas do Cepon
Como um presente de aniversário pelas cinco décadas de atuação, o Cepon contou durante a abertura do III Congresso com um show da Camerata de Florianópolis. A apresentação foi cedida pelo Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC).